A fim de aprimorar cada vez mais os processos de melhoramento genético e embasar a tomada de decisões estratégicas, a TMG — Tropical Melhoramento & Genética –, empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo — tem investido, nos últimos anos, em ferramentas inovadoras para abastecer um banco de dados exclusivo (Big Data) com informações coletadas em diferentes fases do desenvolvimento de cultivares. O objetivo é deixar os estudos e testes mais assertivos, além de reduzir os custos operacionais e o tempo para o lançamento de cultivares no mercado. Entre as tecnologias utilizadas estão drones capazes de captar imagens e etiquetas de rastreabilidade chamadas de RFID (“Radio Frequency Identification”) equipadas com chips que identificam, rastreiam e armazenam dados importantes.
“Com as imagens capturadas pelos drones, é possível identificar e avaliar, por exemplo, a qualidade experimental dos ensaios, o desenvolvimento das plantas ao longo do ciclo, a altura plantas, a presença de doenças e pragas, além de possibilitar o estudo de certas características físicas que são apresentadas pelas plantas de acordo com a sua interação com o meio ambiente (fenômica)”, explica Raphael Augusto, consultor de soluções Agritech na TMG. Segundo ele, “isso contribui para uma maior assertividade em processos como a seleção de plantas para a hibridação, por exemplo, pois aumentamos as chances de prever quais materiais combinados podem apresentar maior teto produtivo, resistência ou tolerância a doenças e adaptação a determinada região ou clima”. “Os drones auxiliam, ainda, nas operações de pulverização e adubação, inclusive com insumos sólidos, das lavouras com precisão georreferenciada, sem causar a compactação do solo por movimentação terrestre, o que permite o melhor desenvolvimento das plantas e ainda evitando a exposição humana com produtos como inseticidas, fungicidas e herbicidas”, complementa.
O georreferenciamento é outra tecnologia que contribui muito na rastreabilidade das plantas a partir do plantio. O especialista explica que é importante para a localização e endereçamento de amostras durante todos os processos de estudos e testes. “Conseguimos rastrear as cultivares e plantas desde o início, no campo, até os resultados finais, registrando todas as informações no banco de dados. Em algumas etapas do processo utilizamos etiquetas RFID (ferramenta que auxilia na rastreabilidade) permitindo acompanhar com precisão e rapidez onde uma determinada amostra de sementes está. Desta forma, sabemos o que acontece com cada futura cultivar estudada em cada uma das etapas, considerando todas as características de cada cultivar, sua localização, aspectos ambientais e os resultados de cada teste”, afirma o especialista.
Para fazer a rastreabilidade, a companhia conta também com ferramentas que geram códigos de barras, cuja função também é registrar e endereçar as amostras. “Utilizamos essa tecnologia em larga escala, mas o ganho maior ainda é quando trabalhamos com amostras menores, são milhares de amostras oriundas do campo que passam por subdivisões ao longo das etapas de desenvolvimento da cultivar”, explica Augusto.
O especialista explica que a transformação digital não diminui a importância do trabalho humano. “Registramos um aprimoramento constante das análises que fazemos dos resultados de cada etapa do desenvolvimento das nossas cultivares e das necessidades que surgem com o passar do tempo, ou seja, nossos colaboradores se tornam cada vez mais estratégicos, conta. Ele ainda diz que “as tecnologias contribuem para agilizar os processos, reduzir atividades repetitivas e padronizar os dados. Isso nos dá mais acurácia e eficiência para as pesquisas, que somados aos resultados do nosso laboratório de genômica corrobora muito para o desenvolvimento de cultivares com as características necessárias para atingir um alto teto produtivo nos mais diversos climas, regiões e tipos de solo”.
Investimentos
A TMG está investindo também na implementação de robôs autônomos capazes de registrar e apontar características importantes para os estudos de fenômica. “Esses robôs irão acompanhar o crescimento das plantas no campo, o que deve ampliar ainda mais a agilidade na coleta e processamento de imagens e dados importantes para as nossas pesquisas”, conta Augusto.
Além de todos os investimentos constantes em transformação digital, a TMG conta com um laboratório de biotecnologia capaz de fazer mais de 25 mil análises genéticas por dia e cerca de 40 milhões por ano, complementando o trabalho realizado pelos especialistas em melhoramento genético que atuam nas 35 casas de vegetação que a empresa dispõe em Cambé (PR) e Rondonópolis (MT). Em 2021, o laboratório recebeu um aporte de R$ 15 milhões para elevar a capacidade e ampliar o leque de possibilidades genéticas a serem analisadas. A empresa tem 14 bases de pesquisa em melhoramento genético, espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras com ensaios e experimentos de campo.
Fonte: portaldoagronegocio