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Agronegócio

Importância do Planejamento Forrageiro para a Eficiência na Pecuária Brasileira

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Cerca de 95% da carne bovina produzida no Brasil tem origem em sistemas de pastagens, que ocupam aproximadamente 167 milhões de hectares, de acordo com dados da Embrapa. Esse modelo produtivo, além de reduzir custos e evitar a competição com alimentos destinados ao consumo humano, desempenha um papel relevante na sustentabilidade, pois as pastagens sequestram carbono, compensando parte das emissões de metano dos bovinos. No entanto, o manejo adequado dessas áreas é essencial para garantir a saúde dos animais e a eficiência econômica das propriedades rurais.

De acordo com Guilherme Foresti Caldeira, diretor da Axia Agro, um dos fatores cruciais para o sucesso do manejo é o respeito às alturas ideais de entrada e saída do gado nas áreas de pastagem, aliado ao controle da lotação para evitar o superpastejo ou o subpastejo. Além disso, ele ressalta que a suplementação mineral e proteico-energética deve ser considerada para atender às demandas nutricionais dos animais.

“É fundamental que toda fazenda realize um planejamento forrageiro, avaliando a disponibilidade de pastagem ao longo do ano e a quantidade de matéria seca em cada área. Esses dados permitem ajustar a lotação do pasto, garantindo a alimentação adequada para cada categoria de animal. Geralmente, os bovinos necessitam de 2,3% a 2,5% do peso vivo em matéria seca de pasto por dia. Com base nessas informações, é possível determinar o número ideal de animais por hectare, assegurando o equilíbrio entre oferta e demanda de alimento”, explica Caldeira.

Novas tecnologias e sustentabilidade no manejo de pastagens

Soluções inovadoras estão transformando a gestão das pastagens, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e tecnologias de monitoramento por satélite e drones. Essas ferramentas permitem ajustes mais precisos na lotação dos animais, promovendo maior sustentabilidade e produtividade. Outro destaque é o uso de sistemas como a Intensificação Sustentável da Agropecuária, que integra o programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), oferecendo soluções que maximizam a eficiência e a qualidade das pastagens.

No entanto, a adoção dessas inovações exige capacitação. A formação contínua de pecuaristas e suas equipes é indispensável para o uso eficaz das tecnologias disponíveis, fortalecendo a competitividade da pecuária brasileira e assegurando sua posição de destaque no mercado global.

Fonte: portaldoagronegocio

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