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Agronegócio

Impactos das Eleições Americanas no Agronegócio Brasileiro

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Nesta quarta-feira (18), o podcast Prosa Agro do Itaú BBA promove um debate sobre as possíveis consequências das eleições americanas para o agronegócio brasileiro. Participam da discussão Cesar Castro, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, Fernando Gonçalves, superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco, e Christopher Garman, diretor executivo para as Américas na Eurasia Group. O episódio examina os impactos potenciais da intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, considerando como as variações nas políticas comerciais podem afetar o setor agropecuário brasileiro dependendo do resultado eleitoral.

Christopher Garman destaca que as políticas tarifárias e comerciais são questões centrais nas candidaturas de Donald Trump e Kamala Harris. “Há um consenso em Washington sobre a China ser a principal ameaça geopolítica. Tanto Trump quanto Biden mantiveram tarifas sobre produtos chineses. No entanto, um possível de Trump poderia intensificar uma política tarifária protecionista, especialmente em relação à China”, explica Garman.

Em relação à guerra comercial de 2018, que beneficiou as exportações brasileiras de devido ao redirecionamento da demanda chinesa, Garman observa que o cenário atual é diferente. “O ponto de partida é distinto. O Brasil já conquistou uma participação de mercado muito maior do que no início do primeiro mandato de Trump. Portanto, não é trivial para os chineses implementar uma política tarifária sobre produtos americanos para reduzir ainda mais essa participação, especialmente porque as safras de soja no Brasil e nos EUA são complementares”, acrescenta.

Garman também aponta que o Brasil está bem posicionado geopoliticamente. “A China está buscando reduzir sua dependência dos Estados Unidos e do Ocidente, enquanto a Europa se aproxima do Brasil com o acordo União Europeia-Mercosul ainda em negociação. No entanto, se Trump vencer, a proximidade do Brasil com a China pode se tornar um ponto de tensão, particularmente se o Brasil se envolver na Rota da Seda”, alerta.

Além disso, o resultado das eleições também pode impactar o setor agropecuário brasileiro em outras áreas. A questão imigratória, que se intensificou sob o de Joe Biden, afeta significativamente o agronegócio americano devido à dependência de mão de obra imigrante. Já a agenda ambientalista de Kamala Harris é ainda mais rigorosa do que a de Biden, enquanto Trump planeja retirar os EUA do Acordo de Paris caso seja reeleito.

Para ouvir o episódio completo, acesse o canal Prosa Agro Itaú BBA:

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Fonte: portaldoagronegocio

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