As bolsas europeias enfrentaram quedas significativas nesta quarta-feira, refletindo a apreensão global sobre uma possível desaceleração econômica nos Estados Unidos e sinais de fragilidade na economia chinesa. O índice pan-europeu STOXX 600 registrou uma queda de 1%, atingindo 514,52 pontos, enquanto todas as bolsas regionais apresentaram recuos entre 0,6% e 1%. Paralelamente, o índice de volatilidade STOXX subiu para seu nível mais alto desde o início de agosto.
Essas perdas na Europa estão alinhadas com o desempenho negativo dos principais índices de Wall Street, que na última sessão experimentaram suas maiores quedas diárias percentuais desde o início de agosto. Esse movimento foi desencadeado por dados decepcionantes do setor industrial dos EUA, reforçando a aversão ao risco dos investidores.
“Preocupações renovadas sobre a saúde da economia global estão dominando os mercados”, observou Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da Hargreaves Lansdown. Ela destacou ainda que “os últimos dados do setor de serviços na China foram novamente decepcionantes, com o crescimento dos novos pedidos desacelerando, o que agravou o pessimismo. Além disso, a grande volatilidade no setor de tecnologia está gerando inquietação.”
Apesar da pressão negativa atual, as ações europeias ainda acumulam uma alta de 7,5% no ano, impulsionadas por expectativas de que os custos dos empréstimos possam ser reduzidos em 2024, o que tem dado suporte aos mercados.
No panorama europeu, as principais praças financeiras seguiram o movimento de baixa. Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,71%, fechando a 8.239 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrou queda de 0,75%, terminando o dia a 18.606 pontos. Já em Paris, o CAC-40 perdeu 0,93%, fechando a 7.504 pontos.
Em outras regiões, o índice Ftse/Mib de Milão caiu 0,61%, para 33.656 pontos. Em Madri, o Ibex-35 apresentou baixa de 0,85%, encerrando a 1.183 pontos. Por fim, em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,70%, fechando a 6.659 pontos.
Fonte: portaldoagronegocio
