Feridas cutâneas em equinos são uma preocupação recorrente na equinocultura, frequentemente exigindo atendimento veterinário. Essas lesões, causadas por diversos fatores ambientais, podem servir como portas de entrada para doenças graves, resultando em significativas perdas produtivas para os criadores.
Entre as patologias que podem surgir a partir de feridas cutâneas está a pitiose equina, uma condição provocada pelo fungo Pythium insidiosum. Esse patógeno, presente em áreas alagadiças e favorecido por climas quentes e úmidos, é comum em regiões onde esses fatores são predominantes. “Os equinos costumam ser infectados ao entrarem em contato com águas contaminadas, como em açudes ou barreiros. O fungo utiliza feridas existentes para invadir o organismo”, explica Fernanda Ambrosino, médica-veterinária da Ceva Saúde Animal.
A pitiose equina causa lesões cutâneas progressivas, granulosas e ulceradas, principalmente nos membros, abdômen e narinas. Os sinais clínicos mais frequentes incluem claudicação, anemia, apatia e perda de peso, além de prurido intenso, que leva os animais a morder ou coçar as áreas afetadas, agravando ainda mais as lesões. O curso da doença pode variar de dias a meses, e o tratamento deve ser supervisionado por um veterinário, podendo incluir higienização das feridas e uso de anti-inflamatórios e antibióticos. O Acetonido de triancinolona tem se mostrado eficaz, com estudos recentes indicando um tempo de recuperação menor em comparação aos tratamentos convencionais.
Outra condição preocupante é a habronemose cutânea, conhecida como “ferida de verão”. Causada pelo verme Habronema sp., presente no estômago dos cavalos, essa doença é transmitida por moscas domésticas e de estábulo que carregam o verme até pequenas lesões na pele do animal. A habronemose provoca prurido intenso, dor e desconforto, levando os equinos a se tornarem irritadiços e estressados. Além disso, pode causar anemia e prejudicar o crescimento dos potros.
As principais manifestações da habronemose incluem feridas extensas e prurido intenso, especialmente nas áreas dos olhos, boca, membros, prepúcio e linha média do abdômen. A presença de grandes feridas reduz o valor comercial dos equinos e indica falhas no manejo de vermifugação e controle de moscas. “A vermifugação periódica é crucial para interromper o ciclo do parasita. Um protocolo de vermifugação adequado é fundamental”, enfatiza Fernanda.
O tratamento da habronemose envolve cuidados com as lesões, higienização adequada e uso de medicamentos anti-inflamatórios, antibacterianos e antipruriginosos. Em alguns casos, pode ser necessária a intervenção química ou cirúrgica. A Ceva Saúde Animal oferece um protocolo exclusivo de tratamento para essas patologias, utilizando Retardoesteróide, além da linha Padock® para controle de verminoses em equinos, visando assegurar o bem-estar animal e os melhores resultados no manejo das feridas cutâneas.
Fonte: portaldoagronegocio