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Agronegócio

Dólar em alta e próximo de R$ 5,79: Ibovespa registra leve alta – Atualizações do Mercado Financeiro

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O dólar norte-americano opera em alta nesta quarta-feira, 30 de outubro, aproximando-se da marca de R$ 5,79, em um ambiente de cautela em relação ao risco fiscal brasileiro. Na véspera, a moeda americana havia registrado um aumento de 0,92%, fechando a R$ 5,7610, enquanto o principal índice acionário da bolsa de valores, o Ibovespa, encerrou o dia em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos.

Os investidores permanecem alertas após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que indicou que não há previsão para a divulgação de um novo pacote de cortes de gastos. Adicionalmente, dados econômicos relevantes também estão em foco, especialmente o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que apresentou crescimento de 2,8% no terceiro trimestre, abaixo da expectativa de alta de 3,0%.

Entretanto, o mercado de trabalho americano continua aquecido, com a criação de 233 mil novas vagas de emprego privado em outubro, superando as 159 mil de setembro e as expectativas de 110 mil. Esse cenário de emprego robusto pode gerar pressões inflacionárias, especialmente em um momento em que o Federal Reserve (Fed) começou a implementar cortes nas taxas de juros após a inflação mostrar sinais de alívio.

Às 10h25, o dólar subia 0,34%, cotado a R$ 5,7803, com uma máxima de R$ 5,7904 durante o dia. No dia anterior, a moeda alcançou um pico de R$ 5,7666, acumulando um aumento de 0,99% na semana, 5,77% no mês e 18,72% no ano. Por sua vez, o Ibovespa apresentava leve queda de 0,09%, atingindo 130.845 pontos, após uma desvalorização de 0,37% na sessão anterior.

O impacto das variáveis econômicas nos mercados é significativo. Apesar do PIB dos EUA ter ficado abaixo do esperado, ele ainda aponta um crescimento robusto da maior economia do mundo, corroborado pelo aquecimento do mercado de trabalho. A divulgação do relatório ADP revelou que o setor privado americano está gerando empregos em ritmo acelerado, o que poderá influenciar as decisões futuras do Fed em relação às taxas de juros.

Com a expectativa de que o Fed implemente cortes mais moderados nas taxas de juros – com a próxima redução projetada em 0,25 ponto percentual – o cenário pode manter o preço do dólar elevado no Brasil, principalmente em um momento em que o foco recai sobre a saúde fiscal do país.

Nas últimas semanas, Haddad indicou que o governo poderia anunciar novas medidas estruturais para contenção de despesas após as eleições municipais. Contudo, na terça-feira, o ministro reiterou que ainda não há uma previsão definida para a divulgação de um novo pacote fiscal.

O mercado aguarda ansiosamente mais informações sobre a implementação e o timing desses cortes, com expectativas de que o ajuste fiscal alcance entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões, correspondente a cerca de 0,5% do PIB.

Nesta mesma terça, Haddad mencionou que manterá uma série de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo da semana, mas reafirmou a indefinição sobre a publicação das novas medidas. A equipe econômica está sob pressão para adotar iniciativas voltadas para a redução de despesas, tema frequentemente destacado pelo Banco Central como um fator crucial para a política monetária.

Na segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que, para o Brasil obter taxas de juros estruturalmente mais baixas, serão necessárias medidas que sejam percebidas como um choque fiscal positivo. Essas declarações ocorreram durante um encontro com investidores promovido pelo Deutsche Bank em Londres.

Fonte: portaldoagronegocio

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