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Agronegócio

Desempenho da Moagem de Cana-de-Açúcar cai 21,62% na Segunda Quinzena de Outubro: Confira os Detalhes

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Na segunda quinzena de outubro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 27,17 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, apresentando uma diminuição de 21,62% em relação aos 34,66 milhões de toneladas processadas no mesmo período da safra 2023/2024. No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de novembro, a moagem atingiu 566,03 milhões de toneladas, um aumento de 0,88% em comparação com os 561,09 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo anterior.

Durante a segunda quinzena de outubro, 250 unidades produtoras estavam em operação na região Centro-Sul, sendo 231 usinas processadoras de cana, 9 empresas dedicadas à de etanol a partir do milho e 10 usinas flex. Em comparação, 258 unidades estavam em operação na mesma quinzena do ano passado. Além disso, 27 unidades encerraram suas operações até o final de outubro, totalizando 38 unidades que finalizaram a moagem até 1º de novembro, contra 26 no mesmo período da safra anterior.

A na moagem quinzenal foi também impactada pelas chuvas que dificultaram a colheita em Goiás, Minas Gerais e nas regiões central e noroeste do estado de São Paulo.

Quanto à qualidade da matéria-prima, o índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na segunda quinzena de outubro foi de 149,48 kg por tonelada de cana, apresentando uma variação positiva de 2,28% em relação aos 146,14 kg por tonelada registrados na safra 2023/2024. No acumulado da safra 2024/2025, o ATR atingiu 142,58 kg por tonelada, um aumento de 1,04% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Produção de Açúcar e Etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de outubro foi de 1,78 milhão de toneladas, o que representa uma queda de 24,30% em comparação aos 2,36 milhões de toneladas do mesmo período na safra 2023/2024. No acumulado desde o início da safra até 1º de novembro, a produção de açúcar alcançou 37,38 milhões de toneladas, com um leve aumento de 0,27% sobre os 37,27 milhões de toneladas registrados no ciclo anterior.

No entanto, apenas 46,12% da matéria-prima disponível foi destinada à produção de açúcar na segunda quinzena de outubro, uma redução em relação aos 48,85% do mesmo período no ano passado.

A fabricação de etanol pelas unidades da região Centro-Sul somou 1,64 bilhão de litros, sendo 990,3 milhões de litros de etanol hidratado (-8,22%) e 650,3 milhões de litros de etanol anidro (-8,03%). No acumulado do ciclo, a produção de etanol atingiu 28,85 bilhões de litros, um aumento de 6,87% sobre o volume produzido no mesmo período da safra 2023/2024, sendo 18,38 bilhões de etanol hidratado (+15,11%) e 10,46 bilhões de etanol anidro (-5,08%).

Destaca-se que 21,8% da produção de etanol na segunda quinzena de outubro foi originada do milho, com 357,92 milhões de litros produzidos, representando um aumento de 33,25% em relação aos 268,62 milhões de litros produzidos no mesmo período da safra anterior. No acumulado desde o início da safra até 1º de novembro, a produção de etanol de milho totalizou 4,49 bilhões de litros, um crescimento de 27,80% sobre o volume produzido no ciclo passado.

Vendas de Etanol no Mercado Interno

Em outubro, as vendas totais de etanol alcançaram 3,03 bilhões de litros, marcando uma variação positiva de 4,65% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024. No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido foi de 1,82 bilhão de litros, um aumento de 6,27% em comparação com o ano passado. A venda de etanol anidro registrou 1,09 bilhão de litros, um avanço de 13,21%.

No acumulado desde o início da safra até o final de outubro, as unidades do Centro-Sul comercializaram 20,86 bilhões de litros de etanol, um aumento de 14,38%. A venda de etanol hidratado somou 13,49 bilhões de litros (+25,96%), enquanto a de etanol anidro ficou em 7,37 bilhões de litros (-2,09%).

Luciano Rodrigues, diretor de Setorial da UNICA, explicou que o preço do etanol hidratado ficou abaixo de 73% do valor da gasolina desde agosto de 2023 em diversos estados, oferecendo uma opção de descarbonização com economia para os proprietários de veículos flex-fuel. Como reflexo dessa competitividade, as vendas de etanol hidratado continuam a crescer de forma robusta, com aumento médio a 46% em 2024.

Mercado de Créditos de Descarbonização (CBios)

Segundo dados da B3, até 11 de novembro, os produtores de biocombustíveis emitiram 36,04 milhões de créditos de descarbonização (CBios) em 2024. O total de CBios disponíveis para negociação alcança 29,17 milhões de créditos, entre os quais estão os da parte obrigada, não obrigada e dos emissores. De acordo com a UNICA, a quantidade de créditos disponíveis já é suficiente para atender à meta de 2024 do CBios, que deve ser cumprida até 31 de dezembro deste ano.

Fonte: portaldoagronegocio

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