O Brasil deverá aumentar a área plantada de soja para a safra 2024/25, atingindo 47,36 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 2,6% em comparação ao ciclo anterior. A produção também deve registrar um aumento significativo, alcançando 166,14 milhões de toneladas, uma alta de 12,5% ante a safra passada, consolidando o país como o maior produtor e exportador mundial de soja. No entanto, uma ameaça à produção tem se intensificado nas últimas temporadas: o percevejo.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), entre as safras 2021/2022 e 2022/2023, a ocorrência de percevejos nas lavouras de soja aumentou em 6,3%. Essa praga pode causar perdas de até 30% na produtividade da soja. Thomas Scott, Líder do Portfólio de Inseticidas da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai, destaca que as ninfas, estágio inicial do percevejo, são responsáveis por 70% dos danos, pois possuem uma alta taxa de alimentação, resultando em danos severos às vagens e grãos, o que pode levar ao abortamento dos mesmos.
Impacto dos percevejos na soja
A alimentação das ninfas e dos percevejos adultos causa deformações nos grãos, malformações e até o abortamento das vagens, prejudicando a qualidade e a quantidade da produção. Em infestações graves, a perda total da colheita pode ocorrer. O momento mais crítico de danos é durante a formação das vagens, conhecido como período do “canivetinho”, uma fase vulnerável da planta.
Na agricultura brasileira, o percevejo-marrom (Euschistus heros) é a espécie mais comum, mas também causam prejuízos as espécies percevejo-verde-da-soja (Nezara viridula) e percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii).
Manejo e controle dos percevejos
Scott afirma que o controle dos percevejos é um grande desafio devido à sua rápida evolução. Por isso, é fundamental monitorar as lavouras, especialmente a migração da praga de áreas vizinhas, matas ou outras culturas. O período crítico para o controle inicia-se quando a soja entra na fase de floração, um momento decisivo para iniciar o controle, pois a reprodução começa logo em seguida. O ciclo de vida do percevejo é rápido: em média, o ovo se transforma em ninfa em 8 a 10 dias.
“Se o manejo for feito tardiamente, o produtor pode sofrer dois impactos significativos: a redução da produtividade, já que a presença de apenas um percevejo por metro quadrado pode causar a perda de uma saca de soja, e a queda na qualidade dos grãos”, alerta Scott.
Solução eficaz no controle das ninfas
Para o manejo das ninfas do percevejo, a Corteva Agriscience oferece o inseticida Expedition®, que tem se mostrado altamente eficaz. O produto foi desenvolvido após nove anos de pesquisa e oferece um controle diferenciado, especialmente nas ninfas. “Expedition® possui excelente eficácia sobre as ninfas, e o momento ideal para sua aplicação é durante a segunda aplicação do fungicida, no estágio reprodutivo da soja, quando o controle se torna mais crítico”, explica Scott.
Formulado com a molécula Isoclast®, do grupo químico das Sulfoxaminas, Expedition® é eficaz contra percevejos adultos e possui alta performance no controle das ninfas, além de ser uma ferramenta importante no manejo de resistência, sem apresentar resistência cruzada com os neonicotinoides. Outra vantagem é a flexibilidade de aplicação, que permite o uso tanto terrestre quanto aéreo, conforme as necessidades da lavoura.
Fonte: portaldoagronegocio