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Agronegócio

Boletim Agropecuário: Transição entre safras e perspectivas para grãos, batata e outras culturas

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O primeiro Boletim de Conjuntura Agropecuária de 2025, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apresenta um panorama da transição entre a primeira e a segunda safra de culturas como milho, soja, feijão e batata. O documento também aborda dados relevantes sobre trigo, leite e exportações de frutas, refletindo as dinâmicas do agronegócio paranaense e nacional.

Avanço das Safras de Milho e Feijão

Com o fim da primeira safra, as atenções se voltam para o milho e o feijão de segunda safra, que já iniciaram os plantios. Estima-se que essas culturas ocuparão áreas de 2,5 milhões de hectares e 381 mil hectares, respectivamente, sendo que cerca de 32 mil hectares já foram semeados.

No caso do feijão, 6% da área prevista já foi plantada, com concentração nas áreas de sucessão às colhidas para produção de silagem. O milho, por sua vez, teve apenas 1% da área semeada, sucedendo áreas anteriormente destinadas ao feijão.

Colheita de Soja e Impactos no Ritmo de Plantio

A soja, que representa 93% da área de grãos da primeira safra no Paraná (5,7 milhões de hectares), ainda está em fase inicial de colheita, com menos de 1% colhido e 12% em maturação. O agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral, destaca que as atividades devem acelerar em janeiro, especialmente com o retorno das chuvas. “Se chover, o trabalho de colheita pode ganhar ritmo e apresentar bom desempenho no Paraná”, afirmou.

Produção de Batata e Expectativas para a Segunda Safra

A primeira safra de batata está praticamente concluída, com 60% da área de 16,9 mil hectares já colhida, o equivalente a 10,1 mil hectares. A grande oferta tem pressionado os preços para baixo. Enquanto isso, a segunda safra já avança, com 39% dos 11,2 mil hectares previstos para o ciclo plantados, o que equivale a 4,4 mil hectares.

Destaques em Trigo e Leite

A colheita de trigo registrou bom desempenho nas últimas áreas colhidas, elevando a estimativa de produção de 2,31 milhões para 2,36 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume de 2024 é 36% inferior ao obtido em 2023 e está 38% abaixo do potencial das lavouras.

Já no setor de leite, o preço médio pago ao produtor fechou dezembro em R$ 2,83 por litro, registrando queda, embora ainda tenha sido a terceira maior média mensal de 2024. O ano foi marcado por adversidades climáticas que impactaram os preços e a oferta.

Exportações de Frutas Apontam Aumento no Valor

O boletim também traz dados das Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat), que revelam uma variação positiva de 2% no valor das exportações de frutas em 2024, totalizando US$ 1,377 bilhão, contra US$ 1,349 bilhão em 2023. Apesar disso, o volume exportado foi menor, com 1,094 milhão de toneladas, frente a 1,108 milhão de toneladas no ano anterior, indicando valorização das frutas nacionais no mercado internacional.

O levantamento reflete o dinamismo do agronegócio brasileiro e a necessidade de estratégias adequadas para lidar com desafios climáticos e mercadológicos, garantindo competitividade e sustentabilidade para o setor.

Fonte: portaldoagronegocio

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