O Vorax, lançado pela Rovensa Next Brasil em 2019, tornou-se um marco na agricultura global, atingindo a impressionante marca de 20 milhões de hectares tratados. Este biofertilizante, desenvolvido a partir de fermentação biológica, é fruto de uma longa jornada de pesquisa e inovação, e hoje é exportado para a Europa e mais de 20 países.
Concebido em 2013, quando o mercado de produtos biológicos ainda era incipiente, o Vorax foi inicialmente projetado para ser uma base de aminoácidos para fertilizantes. No entanto, os sucessivos aumentos de produtividade, que variaram entre 5% e 20% em diversas culturas, chamaram a atenção tanto de pesquisadores quanto de produtores, levando à sua reclassificação como um fertilizante biológico.
O caminho para esse reconhecimento, porém, não foi fácil. Foram necessários três anos para desenvolver a formulação inicial e outros cinco para que o produto fosse registrado como biofertilizante pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em 2018. O lançamento internacional do Vorax, sob os nomes Biimore e Quikon, ocorreu em 2019 durante o Congresso Mundial de Biofertilizantes em Barcelona, Espanha.
Rafael Leiria Nunes, diretor de Suprimentos e Operações da Rovensa Next Brasil, relembra o esforço para registrar o Vorax. “Foi uma batalha árdua, de vários anos, para montar um dossiê suficientemente robusto para conseguir o registro. Na época, nenhuma empresa tinha conseguido provar que seu produto entregava benefícios relacionados ao que se pode definir como biofertilizante”, afirmou Nunes.
Uma pesquisa recente, publicada no prestigiado periódico científico inglês Molecular Omics, investigou como o Vorax melhora a tolerância ao estresse em feijoeiros, por meio de análises metabolômicas. Os resultados mostraram um aumento na concentração de metabólitos específicos, correlacionados ao aumento da resistência a condições adversas, como falta de luz ou escassez de água.
O Vorax se destaca não só pela sua eficácia, mas também pela sua sustentabilidade. Nos últimos cinco anos, a Rovensa Next se concentrou em trabalhar com substratos vegetais orgânicos para garantir a ausência de resíduos de agroquímicos, evitando barreiras comerciais em mercados exigentes, como o europeu e o brasileiro.
Além disso, o produto tem um modo de ação diferenciado, exigindo apenas pequenas doses para tratar grandes áreas. “Isso foi uma surpresa num determinado momento, além de ser um grande diferencial de sustentabilidade, pois poucos mililitros permitem tratar vários hectares”, relatou Nunes. Atualmente, o Vorax é recomendado para dez culturas, com uma dosagem média de 30 ml/ha, podendo chegar a 100 ml/ha, significativamente menor que a dos bioestimulantes tradicionais.
Outro aspecto inovador do Vorax é sua embalagem, que evoluiu para ser 100% reciclada, em parceria com o programa Campo Limpo do Instituto Nacional de Processamento e Embalagens Vazias (INPEV). Essa mudança reduziu em 70% as emissões de CO2 equivalentes comparadas à produção de novas embalagens, alinhando-se às metas de ESG da Rovensa e às expectativas de sustentabilidade na agricultura.
“Vorax tem um apelo sustentável para a agricultura; está totalmente alinhado às metas de ESG da companhia e com o que a própria sociedade espera de insumos agrícolas mais avançados tecnologicamente, em termos de eficiência, resultado, respeito ao ambiente e proteção da saúde humana”, concluiu Leiria.
Fonte: portaldoagronegocio