Os contratos futuros de açúcar fecharam em queda nesta quarta-feira (4) nos principais mercados internacionais. Analistas consultados pela Reuters afirmam que o mercado perdeu força técnica após não conseguir superar novos picos, registrados há duas semanas. Na semana passada, o preço do açúcar apresentou alta, impulsionado por incêndios em canaviais no Brasil.
Apesar desse recuo, o mercado de açúcar continua sustentado por fatores como a seca no Brasil e a recente decisão da Índia, que autorizou as usinas de açúcar a destinar o caldo de cana para a produção de etanol, conforme destacado pela Agência Internacional de Notícias.
A Consultoria Datagro revisou para baixo sua estimativa de produção de açúcar no Centro-sul do Brasil para a atual safra, agora projetada em 39,3 milhões de toneladas. A revisão reflete os efeitos das condições climáticas adversas que têm afetado a produção.
Mercado em Nova York
Na ICE Futures de Nova York, o contrato de açúcar bruto para outubro de 2024 encerrou o dia cotado a 19,24 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 25 pontos, ou 1,3%, em relação ao fechamento anterior. O contrato para março de 2025 também recuou 25 pontos, encerrando a 19,56 cts/lb. Outros contratos tiveram baixa entre 1 e 20 pontos, exceto o contrato para julho de 2026, que registrou alta de 4 pontos.
Mercado em londres
Na ICE Futures Europe de Londres, o açúcar branco também fechou em queda em todos os contratos. O vencimento para outubro de 2024 foi negociado a US$ 539,10 por tonelada, uma queda de 2,70 dólares em relação ao dia anterior. Já o contrato para dezembro de 2024 caiu 3,30 dólares, sendo negociado a US$ 528,80 por tonelada. Outros contratos tiveram variação negativa entre 2,40 e 4,20 dólares.
Mercado interno
No Brasil, as cotações do açúcar cristal no mercado interno mostraram alta nesta quarta-feira, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 136,94, um aumento de 0,71% em relação ao preço de R$ 135,97 registrado na terça-feira.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado registrou queda pelo terceiro dia consecutivo, segundo o Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi comercializado a R$ 2.607,00 por metro cúbico, uma desvalorização de 0,91% em comparação aos R$ 2.631,00 do dia anterior.
Fonte: portaldoagronegocio