Quatro décadas de dedicação à agricultura no centro do Paraná
A história da família Poletto, de Pitanga (PR), é marcada por mais de 40 anos de trabalho e evolução no campo. Vindos de Campinas do Sul (RS), onde atuavam como produtores rurais e mantinham uma cerealista, eles decidiram investir na produção de grãos no solo fértil — porém desafiador — do Paraná.
“O solo ainda não tinha sido corrigido para soja. Foi bastante sofrido o começo”, recorda Valter Poletto Júnior, que herdou do pai não apenas o nome, mas também a paixão pela agricultura.
Tecnologia e sementes C.Vale aumentam produtividade da soja
O início da trajetória foi marcado por práticas rudimentares de correção de solo, feitas com aplicação de calcário em taxas fixas e análises esporádicas. Mas o grande salto de produtividade veio em 2021, quando Valter Júnior passou a utilizar a agricultura de precisão, em parceria com a equipe técnica da C.Vale de Pitanga.
Além disso, a adoção de sementes de soja produzidas pela C.Vale em Santa Catarina e o escalonamento do plantio com quatro a cinco cultivares diferentes trouxeram mais uniformidade ao rendimento das lavouras.
Com as mudanças, a produtividade média da soja subiu de 58 para 72 sacas por hectare — um aumento de 25%. E o objetivo de Valter não para por aí: ele mira alcançar entre 80 e 82 sacas por hectare, apostando em novas análises de solo e assistência técnica contínua da C.Vale.
“Foi muito bom o resultado, por isso vou repetir. Hoje, sem informação nós não conseguimos dar um passo à frente”, afirma, destacando o trabalho próximo com o agrônomo Fernando da Cruz, da cooperativa.
Raízes no campo e sucessão familiar
A paixão pela vida no campo acompanha Valter Poletto Júnior desde a infância.
“Com 6 anos eu já estava em cima dos tratores”, relembra ele, que cursou Agronomia e nunca se afastou da rotina rural.
Mesmo após a perda do pai, a família segue unida na gestão da propriedade. A mãe, Ivete, continua atuando ativamente, seja levando alimentação aos trabalhadores, retirando produtos na cooperativa ou ajudando nos negócios.
A esposa, Patrícia Albuquerque Zampier, também desempenha papel fundamental, buscando manter o equilíbrio emocional da família e evitar que os filhos associem o agronegócio apenas às dificuldades.
“A gente tem que mostrar para eles que o agronegócio é bom e rentável”, diz Patrícia. Valter concorda e acrescenta:
“Hoje, a qualidade de vida no campo é melhor que na cidade. É quase tudo mecanizado, com máquinas que têm ar-condicionado, GPS e internet.”
Com os filhos Beatriz (14 anos) e Vítor (9 anos), o casal sonha com a continuidade do legado familiar no campo. A esperança é de que, no futuro, ao menos um deles siga cultivando as raízes plantadas com tanto empenho.
“Estamos cultivando a árvore da posteridade para que o fruto caia perto do pé”, conclui Poletto.
Fonte: portaldoagronegocio