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Pablo Henrique Aqsenen
Operação Agro+ no Noroeste do Paraná
Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) conduziu a Operação Agro+ nos municípios vizinhos a Marialva, principal produtora de uva do estado. O objetivo da iniciativa foi promover a aplicação correta de agrotóxicos, aumentando a eficiência no controle de pragas e doenças, além de reduzir a deriva — fenômeno que pode causar danos a culturas sensíveis e ao meio ambiente.
Entendendo a deriva de agrotóxicos
A deriva acontece quando os defensivos agrícolas aplicados em uma lavoura são transportados pelo vento ou por condições climáticas adversas para áreas vizinhas que não deveriam ser afetadas. Esse deslocamento pode prejudicar outras culturas, solo, água e até a saúde humana e animal.
Parceria e atuação técnica
A operação contou com a participação de 26 servidores da Adapar, além de representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). As equipes acompanharam as inspeções realizadas nos pulverizadores agrícolas, verificando manutenção, qualidade das pontas de pulverização e presença de manômetros para controle do tamanho das gotas.
Além da fiscalização, técnicos da agência orientaram os produtores sobre as melhores práticas de aplicação e auxiliaram na correção de irregularidades encontradas nos equipamentos.
Importância da região para a operação
Marialva se destaca no Paraná pela expressiva produção de uva, que em 2023 superou 10 mil toneladas, com um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 70,4 milhões. Essa característica torna a região especialmente vulnerável aos efeitos da deriva.
Além da viticultura, a área abriga outras culturas sensíveis, como a sericicultura (criação de bicho-da-seda), que também sofre impactos negativos quando há aplicação inadequada de defensivos agrícolas.
Continuidade do trabalho da Adapar
A Operação Agro+ de 2025 dá continuidade a ações iniciadas em 2023, quando cerca de 260 pulverizadores foram inspecionados em Astorga e Marialva. Naquele momento, mais de 90% dos equipamentos avaliados estavam em condições adequadas, refletindo uma melhora significativa na qualidade das pulverizações.
Paulo Roberto de Paula Brandão, chefe do departamento de sanidade vegetal da Adapar, destaca que o trabalho vai além da uva: “Estamos comprometidos com a sanidade vegetal e a sustentabilidade, por isso mapeamos pomares desde maio para planejar ações educativas e combater a deriva de forma mais eficaz.”
Expansão das ações da Adapar
A agência planeja ampliar as operações para outros municípios do Noroeste, como Nova Esperança — conhecida como capital da seda — e para usuários do herbicida Dicamba, muito usado no controle de plantas daninhas em culturas como trigo, milho, cana-de-açúcar e pastagens.
Relevância da aplicação adequada de agrotóxicos
O uso correto dos defensivos é essencial para proteger as lavouras, garantir a saúde dos trabalhadores rurais e preservar o meio ambiente. A fiscalização e orientação promovidas pela Adapar reforçam a importância da colaboração entre órgãos públicos, produtores e entidades para uma agricultura mais sustentável e produtiva no Paraná.
Fonte: portaldoagronegocio