O avanço nos embarques ocorre em momento em que as usinas do principal país produtor do adoçante no mundo passaram a destinar maiores volumes de cana para a fabricação de açúcar na safra 2022/23, em detrimento do etanol, além de uma firme demanda internacional.
A programação de embarques do produto brasileiro está “explodindo”, disse o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, com o país tirando vantagem de um atraso por chuvas na safra da Índia, segundo exportador global atrás do Brasil.
“Houve um atraso no início da safra indiana, porque as chuvas de monção se prolongaram… Está entrando agora, e nesse período de outubro e novembro a demanda no físico estava muito aquecida”, disse Nastari à Reuters, acrescentando que os diferenciais nos portos estão níveis elevados.
“O abastecimento de açúcar saiu basicamente do centro-sul”, acrescentou ele.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de petróleo também foram destaque no mês de novembro, com 8,53 milhões de toneladas embarcadas, contra 3,62 milhões um ano antes.
No mercado de grãos, as vendas externas de milho também mais que dobraram para 6,06 milhões no mês passado, versus 2,39 milhões de toneladas em novembro de 2021, após a colheita de uma safra cheia neste ano, durante a produção de inverno.
O cereal do Brasil ainda conta uma demanda adicional devido a uma lacuna no mercado externo deixada pela Ucrânia, que segue em guerra com a Rússia.
Fonte: portaldoagronegocio