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Agronegócio

Uva de qualidade é doce e chega em perfeito estado na mesa do consumidor final

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Uva de qualidade é doce e chega em perfeito estado na mesa do consumidor final

Uva de qualidade tem que ter sabor. Mas esse sabor precisa resistir aos processos pós-colheita e chegar em excelente estado de conservação na mesa do consumidor – e resistir por alguns dias na geladeira. Para chegar a este patamar, é preciso investir em cada etapa da produção, desde a poda até o escoamento do produto, segundo o Jackson Sousa Lopes. Ele comandou um bate papo sobre o assunto durante o Dia de Campo promovido pela Seiva do Vale no dia 27 de outubro, na Fazenda , em Juazeiro.

Na experiência de Jackson, “o consumidor não vai comprar uma se ela não estiver com o engaço verde, com a baga firme e, principalmente, sabor”. Engaço é o conjunto do pedúnculo e das ramificações do cacho de uvas, que suportam as bagas.

COMO GARANTIR QUALIDADE

Para garantir um bom resultado final, Jackson sugere fazer o caminho inverso: olhar a fruta na prateleira para ver como ela chega e refazer tudo que aconteceu até este momento. Acontece, por exemplo, da fruta sair muito bonita da propriedade, mas chegar com problema na gôndola, o que prejudica o consumo.

Para evitar esta situação, a primeira coisa que o produtor precisa conhecer são as fases de da fruta para identificar o que ela precisa em cada uma delas. A irrigação, por exemplo, é diferente em volume em cada fase, de acordo com a variedade, a carga e as condições climáticas.

EQUILÍBRIO NUTRICIONAL

Um solo com saturação de 50% de cálcio, 25% de magnésio e 5% a 10% de potássio (variando de acordo com o tipo de porta enxerto usado na propriedade e da variedade de uva cultivada) é um bom começo para garantir uma uva de qualidade, segundo Jackson.

Por isso é sempre necessário preparar o solo para que ele esteja em equilíbrio e a planta não tenha problemas com a absorção adequada de cada nutriente. E um aliado importante nestes casos é a realização de análises de solo e folha, que ajudam a identificar se há necessidade de correção nutricional, evitando problemas na fase final da produção.

A não realização de análises periódicas pode prejudicar o resultado final do parreiral. Se houver um desbalanço nutricional no solo, isso vai influenciar na qualidade da uva. E são as análises que tornam esta avaliação realmente precisa e a correção adequada.

COBERTURA PARA CHUVA COMO ALIADA

O excesso de chuvas é um problema para o cultivo de uva no Vale do São Francisco. Por isso, o período mais favorável para a colheita é entre meados de julho até o final de outubro, com a estiagem. Daí em diante o registro histórico médio de chuvas indica mais dificuldades de manter a qualidade do fruto, sendo necessário usar a estratégia da plasticultura, que consiste na proteção do parreiral com tendas. Elas reduzem o impacto da precipitação, protegendo a uva que já está em período de ser colhida. Isso faz com que seja possível ofertar fruta boa o ano inteiro.

Fonte: portaldoagronegocio

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