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Agronegócio

Estação de monta e alimentação adequada garantem lucros efetivos para pecuarista

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Estação de monta e alimentação adequada garantem lucros efetivos para pecuarista

Depois de iniciado o período chuvoso e retirado capim, aumentando a disponibilidade de pasto, surge o momento adequado para planejar a estação de monta (EM). A prática, que consiste em expor as fêmeas aos touros ou à inseminação artificial em determinado período do ano, tem como objetivo concentrar os partos, desmame, vacinação, vermifugações e venda padronizada dos bezerros. Em Goiás, o momento ideal para que isso ocorra é entre o final de novembro e o início de dezembro. Dessa forma, os animais nascerão no início do próximo período de chuva.

Diretor-técnico da Nutroeste, o engenheiro agrônomo Luiz Antônio Monteiro explica que sem uma estação de monta o pecuarista não consegue quantificar o índice de desmame de forma a conseguir ganhos efetivos de . Ele pontua que é necessário avaliar o preço do pasto, mão-de-obra, vacina e medicamentos, além do dinheiro que está investido na vaca, bem como a mineralização. “Se você tem 100 vacas e quatro touros, o custo varia entre 50% e 60% dos bezerros desmamados, sendo metade machos e metade fêmeas. Então, o índice de desmame de 60% é o ponto de equilíbrio. Abaixo disso, você está perdendo dinheiro”, acrescenta.

Geralmente, no mês de outubro as vacas estão amamentando um bezerro. Se ela emprenhar nesse período, vai parir em julho, auge da seca no Estado. Assim, o período coincidirá com o pico de lactação de 60 dias após o parto e haverá exigência alta de qualidade do pasto. Isso pode fazer com que haja um ganho energético negativo nesse período, retirando de reservas corporais, fazendo a vaca sofrer um pouco até o nascimento do próximo bezerro.

“A vaca precisa de comida, de pasto, que ainda não está disponível nesta época do ano. Considero ideal em Goiás atrasar e colocar o na vacada no dia 1º de dezembro. O bezerro vai nascer 282 dias depois, quando estiver começando o período chuvoso”, explica o diretor-técnico da Nutroeste, que é mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em Sistemas de Produção pelo Lincoln College na Nova Zelândia.

Alimentação para mãe e filho

Monteiro destaca a necessidade de planejar a alimentação e garantir uma mineralização, com pelo menos 15 gramas de fósforo/dia além dos demais nutrientes que a vaca necessita. O agrônomo ressalta que além de gerar um novo bezerro, essa vaca está amamentando outro. “Essa comida precisa ser suficiente para ela e os dois bezerros. Se isso não for observado, a penalização vai acontecer na próxima vez que ela parir.” Depois de três meses de nascimento do próximo bezerro, a quantidade de leite cai e pode não ser suficiente para que o novo animal apresente o seu maior potencial de crescimento, refletindo diretamente no sistema de engorda desse animal. Então, a partir do terceiro mês de vida desse bezerro é importante que ele receba uma suplementação no cocho, uma ração específica em local onde só esse bezerro consiga entrar, chamado de creep-feeding.

A oferta dessa ração suplementar ao bezerro aumenta em até 10% a da mãe. Assim, o bezerro vai ser desmamado com peso entre uma e duas arrobas por volta do 7º mês, mas com uma vantagem: o desmame pode acontecer no 5º mês sem que haja prejuízo para o animal e possibilitando que a vaca se recupere com maior facilidade.

O que é creep-feeding?

O creep-feeding é um pequeno dispositivo de passagem, feito dentro de um cercado e que dá ao bezerro acesso a um cocho privativo. As vacas não têm acesso a esse local que disponibiliza uma ração concentrada e balanceada. Geralmente, o suplemento é enriquecido com vitaminas , minerais e promotores de eficiência alimentar.

Fonte: portaldoagronegocio

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