O plantio de soja no Rio Grande do Sul, um dos principais Estados produtores do Brasil, atingiu até esta quinta-feira 30% da área total projetada, avanço de 13 pontos percentuais na comparação com a semana anterior, mas ainda está atrasado historicamente para o período, segundo dados da Emater-RS.
Na safra passada, produtores gaúchos tinham semeado 49% da safra até meados de novembro, enquanto a média histórica é de 46% para o período.
“As lavouras estão, em maior parte, com as sementes em germinação um pouco mais lenta do que o habitual devido às baixas temperaturas noturnas e à rápida diminuição da umidade nos solos”, disse a Emater-RS, órgão de assistência técnica do Estado.
“As lavouras emergidas apresentam plantas ainda de estatura baixa e folhas pequenas, mas sem sintomas de danos ou ataque de pragas e doenças”, acrescentou.
Segundo a Emater, a ocorrência de chuvas no último final de semana e a reposição de umidade deverão acelerar e uniformizar “o estabelecimento inicial, um dos fatores principais na definição do potencial produtivo”.
A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha.
Os produtores semearam 80% da área projetada para o milho plantado, versus 78% na semana anterior e 84% da média histórica.
“Predominam as lavouras em desenvolvimento vegetativo, com 78%. O processo reprodutivo ocorre em 22% dos cultivos. Essa fase é extremamente sensível à insuficiência no fornecimento de água e à ocorrência de temperaturas extremas”, notou a Emater.
Conforme o órgão, “há apreensão por parte dos produtores em razão da previsão de ocorrência de períodos mais secos e quentes”, que pode causar problemas na polinização, na formação e no desenvolvimento das espigas, “repercutindo em queda na produção”.
Segundo a Emater, 52% da safra de trigo já foi colhida, mas há um atraso ante a temporada anterior (85%) e a média histórica (89%).
“A colheita só não avançou mais em função do cereal ainda estar em fase de finalização da maturação, mas as plantas apresentam ótima qualidade e sanidade e completam o ciclo dentro de parâmetros normais…”, afirmou a Emater, acrescentando que o alongamento do processo resulta em “alta produtividade e excelente qualidade do produto colhido”.
Fonte: portaldoagronegocio