O desmatamento na Amazônia Legal registrou uma queda de 18% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, os números anuais indicam um cenário preocupante: o ciclo de devastação, que vai de agosto de 2024 a julho de 2025, já acumula uma alta de 11%. Nesse contexto, Mato Grosso se destacou como o segundo estado com maior destruição, sendo responsável por 26% da área desmatada, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
A perda total de floresta em junho foi de 326 km², mas a pesquisadora Larissa Amorim ressalta que esse valor ainda equivale à derrubada de mais de mil campos de futebol por dia, o que reforça a necessidade de maior fiscalização. Juntos, os estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará concentraram 79% de toda a devastação no período.
Além do desmatamento, o estudo do Imazon aponta para o avanço da degradação florestal. Em junho, a área degradada chegou a 207 km², um aumento de 86% em relação a 2024.
A degradação é frequentemente impulsionada por incêndios e outras atividades irregulares. O Amazonas, que liderou o ranking de desmatamento, enfrenta ameaças complexas, como a pressão sobre áreas protegidas e a atuação de crimes ambientais recorrentes.
Fonte: cenariomt