As exportações brasileiras de carne de frango registraram queda significativa em julho de 2025, tanto em volume quanto em receita. Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que o setor continua sentindo os reflexos das suspensões impostas por diversos países após o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS).
Queda no volume exportado
Até a quinta semana de julho, o Brasil exportou 375.982,6 mil toneladas de carne de aves e miúdos comestíveis, em suas formas frescas, refrigeradas ou congeladas. No mesmo período de julho de 2024, foram embarcadas 435.658,3 mil toneladas.
A média diária de exportações neste ano ficou em 16,3 mil toneladas, o que representa um recuo de 13,7% em comparação com a média diária registrada em julho do ano anterior, que foi de 18,9 mil toneladas.
Restrições sanitárias afetam desempenho
A retração nas exportações é atribuída, principalmente, às restrições impostas por diversos países após a confirmação de gripe aviária no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), seguem com suspensão total das importações de carne de frango brasileira os seguintes países:
- Canadá
- Chile
- China
- Macedônia do Norte
- Malásia
- Paquistão
- Timor-Leste
- União Europeia
Redução nos preços internacionais
Além da queda no volume exportado, o preço pago pela tonelada de carne de frango também apresentou retração. Na quinta semana de julho/25, o valor médio foi de US$ 1.817,1 por tonelada, o que representa uma redução de 3,9% em relação ao preço médio de US$ 1.890,1 praticado em julho do ano anterior.
Receita também recua
A receita total com as exportações de carne de frango até a quinta semana de julho/25 foi de US$ 683.205,2 mil, enquanto no mesmo período de 2024 o valor havia alcançado US$ 823.425,8 mil.
A média diária de faturamento também apresentou queda, passando de US$ 35.801,1 mil em julho de 2024 para US$ 29.704,6 mil neste ano — uma redução de 17%.
Panorama
O setor avícola brasileiro enfrenta um cenário desafiador, com a combinação de menor demanda externa, redução nos preços internacionais e embargos sanitários. A expectativa agora se volta para o restabelecimento das exportações com os mercados suspensos e uma recuperação gradual do desempenho ao longo dos próximos meses.
Fonte: portaldoagronegocio