Produção de laranja, limão e tangerina sob pressão no Brasil
Mais do que frutas consumidas diariamente, a laranja, o limão e a tangerina representam uma cadeia estratégica do agronegócio brasileiro. O país é líder mundial na exportação de suco de laranja e tem um mercado interno aquecido para os cítricos. No entanto, a citricultura nacional convive com ameaças crescentes, como doenças agressivas e eventos climáticos extremos, que desafiam a sustentabilidade da produção e a saúde dos pomares.
Doenças e clima adverso comprometem o setor
Doenças como o greening (HLB) e o cancro cítrico estão entre os maiores obstáculos enfrentados pelos citricultores. Ambas são de origem bacteriana e afetam folhas, ramos e frutos, reduzindo significativamente a qualidade e o volume das colheitas.
O greening, transmitido pelo psilídeo-dos-citros, é considerado hoje o principal vilão da citricultura. Ele já provocou o colapso da produção em importantes regiões citrícolas dos Estados Unidos, como a Flórida, e continua a se expandir no Brasil.
Além disso, mudanças no clima – com ondas de calor, estiagens prolongadas e veranicos – têm dificultado o manejo das lavouras, prejudicando o crescimento das plantas e a eficiência das práticas agrícolas. A degradação do solo e o desequilíbrio biológico completam o quadro de vulnerabilidades que exigem uma nova postura no campo.
Tecnologia e manejo sustentável ganham força
Diante dos desafios, produtores brasileiros têm apostado em tecnologias sustentáveis que atuam desde o solo até a fisiologia das plantas. Soluções desenvolvidas pela empresa Hydroplan-EB, como os produtos Liin, Mullach e Narã, vêm ganhando espaço por seu desempenho no combate ao greening e na preservação da produtividade dos pomares.
Narã: formulado com um blend de óleos vegetais, o produto estimula as rotas fisiológicas das plantas, melhorando a absorção de nutrientes, o enchimento dos frutos e a tolerância ao estresse ambiental. É 100% vegetal e biodegradável, o que o torna uma alternativa sustentável para o manejo.
Liin: também à base de óleos vegetais, atua como estimulante da produção de hormônios naturais das plantas, favorecendo o florescimento, a frutificação e potencializando o efeito de inseticidas, especialmente contra o psilídeo-dos-citros.
Mullach: substitui o óleo mineral nas caldas, promovendo melhor espalhamento e aderência dos defensivos agrícolas. Sua formulação vegetal reduz perdas por chuva e insolação, quebra a tensão superficial da gota e protege os princípios ativos da degradação pela luz, além de amenizar o estresse térmico das plantas.
Essa abordagem integrada, que une nutrição, estímulo fisiológico e proteção fitossanitária, representa um novo modelo de manejo alinhado com os princípios da sustentabilidade e da agricultura regenerativa.
Perspectivas: o futuro da citricultura passa por inovação e consciência ambiental
Para manter a posição de destaque no cenário internacional, o setor citrícola brasileiro precisa seguir investindo em práticas inteligentes, regenerativas e tecnológicas. Segundo Francisco de Carvalho, gerente comercial da Hydroplan-EB, o caminho está na valorização da saúde do solo e do equilíbrio ambiental.
“A transformação passa por entender que solo saudável é sinônimo de planta produtiva, e que o cuidado com o ambiente pode andar lado a lado com a lucratividade”, afirma.
Apesar dos desafios climáticos e fitossanitários, a citricultura nacional segue firme, impulsionada por soluções que respeitam o meio ambiente, aumentam a eficiência no campo e garantem a continuidade de um setor vital para o agro brasileiro.
Fonte: portaldoagronegocio