O ritmo acelerado da colheita 2025 no Brasil aumentou a disponibilidade física de café e levou os investidores a desfazer posições. Na semana encerrada em 20 de junho, o contrato de arábica para setembro em Nova Iorque recuou 3 095 pontos (‑8,9 %), encerrando a 315,05 cents/lbp. No mesmo período, o robusta de setembro em Londres caiu US$ 550/t (‑12,8 %), fechando a US$ 3 737/t.
Movimentos técnicos ampliam a volatilidade
O primeiro dia de aviso para o contrato de julho em Nova Iorque concentrou os ajustes de posição no dia 18, devido ao feriado norte‑americano de 19 de junho. A antecipação dessas manobras acrescentou pressão extra às cotações.
Clima: ameaça de frio sustenta expectativas de alta
Embora a oferta esteja em alta, previsões de temperaturas mais baixas nas principais regiões produtoras brasileiras podem limitar perdas ou até inverter a tendência, caso aumente o risco de geadas e, consequentemente, de quebra de produção.
Abertura desta quinta‑feira (3) mostra direções opostas
Às 9 h (horário de Brasília), o arábica em Nova Iorque recuava:
- Jul/25: 297,95 cents/lbp (‑90 pts)
- Set/25: 290,35 cents/lbp (‑85 pts)
- Dez/25: 285,10 cents/lbp (‑25 pts)
Já o robusta em Londres apresentava variação mista:
- Jul/25: US$ 3 825/t (‑US$ 51)
- Set/25: US$ 3 651/t (+US$ 49)
- Nov/25: US$ 3 588/t (+US$ 37)
Visão de mercado
Segundo Ilya Byzov, trader da Sucafina citado pela Bloomberg, a recente queda “removeu boa parte do prêmio de risco climático”, mas esse valor pode voltar rapidamente se as previsões confirmarem a chegada de massas de ar frio nas próximas semanas.
Em resumo: a colheita brasileira de 2025 pressiona os preços do café nas bolsas internacionais, mas a possibilidade de baixas temperaturas mantém o mercado atento a uma eventual retomada das cotações.
Fonte: portaldoagronegocio