Após quase dois meses em queda, os preços do óleo de soja começaram a subir novamente no mercado brasileiro. Esse movimento reflete o otimismo gerado pelas expectativas positivas em torno da demanda do setor de biocombustíveis, especialmente do biodiesel.
Decisão do CNPE e impacto na mistura de biodiesel
O recente aumento dos preços está diretamente ligado à decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que aprovou o aumento gradual da mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel. Atualmente na proporção B14 (14%), a mistura será elevada para B15 (15%) entre agosto de 2025 e fevereiro de 2026. A partir de março de 2026, está prevista uma nova elevação para B16 (16%).
Expectativa de maior consumo e estímulo à cadeia produtiva
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam que a perspectiva de crescimento no consumo interno de biodiesel tem gerado otimismo no setor. Essa medida do CNPE atua como um estímulo para toda a cadeia produtiva do óleo de soja, beneficiando produtores e processadores da oleaginosa.
Contraste com o cenário do início de 2025
No primeiro trimestre deste ano, os preços do óleo de soja sofreram forte queda devido à expectativa frustrada de que a mistura B15 começaria a valer em março, o que não ocorreu. Essa decepção pesou negativamente nas cotações.
Confiança renovada para os próximos meses
Com a confirmação oficial do cronograma de aumento da mistura, os agentes do mercado retomaram a confiança. Espera-se que a demanda por óleo de soja industrializado permaneça firme, sustentando os preços em níveis mais elevados.
Perspectivas para o agronegócio brasileiro
Como um dos maiores produtores e exportadores globais de soja, o Brasil pode aproveitar esse cenário favorável tanto internamente quanto nas exportações. A busca por fontes renováveis, como o biodiesel, segue sendo um fator estratégico para o crescimento sustentável do setor agrícola no país.
Fonte: portaldoagronegocio