Os dados preliminares do IBGE sobre a produção brasileira de carnes no terceiro trimestre de 2022 apontaram que o abate de frangos do período somou pouco mais de 1,550 bilhão de cabeças, número que significou aumento de 3,14% sobre o trimestre anterior (1,504 bilhão de cabeças, menor volume em oito trimestres consecutivos) e de 1,72% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (1,537 bilhão de cabeças).
Já carne resultante desses abates totalizou 3,729 milhões de toneladas, volume pouco mais de 2% superior aos registrados no trimestre anterior e no mesmo trimestre do ano passado, ocasiões em que a produção ficou pouco acima dos 3,647 milhões/t.
Notar, neste caso, que o índice no aumento de produção sobre o mesmo trimestre do ano passado (+2,24%) foi superior ao número de cabeças abatidas, que aumentou 1,72%, fato explicado pelo aumento de peso das cabeças abatidas. Sob este aspecto, 2022 vem sendo marcado pelos melhores resultados de todos os tempos, a média por cabeça em nove meses (2,421 kg/cabeça) ficando 2,66% acima da registrada entre janeiro e setembro de 2021 (2,359 kg/cabeça).
Um outro efeito desse ganho é observado ao contrapor-se (gráfico abaixo) a evolução no número de cabeças abatidas com o decorrente volume de carne. Assim, o total de cabeças abatidas no 3º trimestre de 2022 ainda permanece aquém dos totais alcançados no 4º trimestre de 2020 e no 1º semestre de 2021. Porém, o volume de carne obtida só fica abaixo do registrado no 1º trimestre de 2022.
Em resumo, mais carne com menos cabeças. E a constatação de que, já superior a 11 milhões de toneladas, a produção de carne de frango de 2022 é a maior de todos os tempos.
