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Agronegócio

Biotecnologia a serviço do meio ambiente: startup pioneira desenvolve rastreamento florestal a partir de exames de DNA

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Biotecnologia a serviço do meio ambiente: startup pioneira desenvolve rastreamento florestal a partir de exames de DNA


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Numa era em que a emergência climática faz com que empresas do mundo todo se conscientizem e coloquem em prática o já tão difundido conceito ESG (do inglês Environmental, Social e Governance), uma startup brasileira utiliza tecnologia de ponta para criar e aplicar soluções para os setores ambiental e produtivo. A partir do rastreio de DNA de madeira, por exemplo, a GenomaA Biotech desenvolve ferramentas para investigar e atestar a origem legal de toras provenientes de áreas de sustentável autorizado, garantindo confiabilidade a importadores e exportadores de produtos florestais brasileiros. 

Estruturada com equipamentos de última geração, a startup preza pela rapidez na entrega de resultados, possibilitando agilidade e economia para processos que, atualmente, podem se arrastar por meses. “A partir de uma pequena amostra, é possível montar o perfil genético de cada indivíduo da floresta e dos produtos sólidos que deles derivam, como se realizássemos um ‘ de paternidade’ daquela madeira. Esse dá segurança para quem vende e para quem o produto. Com a floresta em é, manejada de forma correta, todos saem ganhando”, afirma a engenheira florestal Fernanda Bortolanza Pereira, líder de pesquisa e desenvolvimento da startup, fundada em abril de 2020. 

Análise de microbioma de solo

Entre as propostas ousadas e desafiadoras da GenomaA Biotech não está só a de tornar viável a rastreabilidade de madeira, mas também de fornecer aos clientes de diferentes ramos econômicos dados para um manejo de recursos mais sustentável e eficiente. Em tempos em que o setor agrícola se vê alarmado diante de uma possível crise de desabastecimento de fertilizantes, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, a expertise da empresa torna-se fundamental tanto na agricultura quanto nas florestas. Por exemplo, uma alternativa para a redução de uso de cloreto de potássio importado é a utilização de microrganismos no solo que, quando utilizados corretamente, auxiliam na absorção de nutrientes e de água pelas plantas. 

A startup investiu na tecnologia desenvolvida pela britânica Oxford Nanopore Technologies, que permite o sequenciamento de fragmentos mais longos de DNA, tornando o processo de identificação de microrganismos mais preciso e as entregas mais rápidas. A GenomaA Biotech é capaz de realizar uma rica análise de bactérias e fungos do solo — usando a técnica conhecida como metagenômica —, gerando informações que possibilitam uma tomada de decisão racional sobre o uso de fertilizantes minerais. “No resultado do sequenciamento do DNA do solo é possível identificar a presença de microrganismos úteis presentes. Essa análise permite que o produtor saiba exatamente em qual bioinsumo investir ou como utilizar os fertilizantes minerais”, explica Fernanda. Por exemplo, ao se identificar a presença de bactérias solubilizadoras de fósforo nas áreas produtivas, a tomada de decisão sobre o manejo da  adubação pode ser direcionada para favorecer a multiplicação de tais microrganismos no microbioma,  além de viabilizar o uso de doses menores de adubos minerais de alto custo. “Hoje em é extremamente importante racionalizar o manejo em qualquer tipo de produção, seja ele florestal ou agrícola. Quem maneja a terra corretamente, favorecendo o que é natural do solo, consegue potencializar a própria produção. A biotecnologia e o sequenciamento genético são fundamentais para esse entendimento e, consequentemente, para diminuir a dependência de fertilizantes que podem ficar escassos no mercado”, finaliza.

Monitoramento para indústrias de fermentação

As informações de DNA também podem ter importante aplicação em setores cuja base é a fermentação – das usinas de açúcar e álcool aos grandes alimentícios. Indústrias que trabalham com microrganismos estão sujeitas a diversos tipos de contaminação, e um monitoramento de precisão baseado em identificação genética tem efeitos na segurança e no controle de qualidade dos processos de fermentação, garantindo também a manutenção da produtividade. “Costumamos dizer que o DNA não mente. Portanto, essa análise é muito confiável e empresas que tomam decisões baseadas em informações de DNA de seus produtos saem na frente”, arremata a líder de pesquisa e desenvolvimento da GenomaA Biotech. 

Fonte: portaldoagronegocio

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