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CENÁRIO AGRO

Soja mantém estabilidade em Chicago apesar do plantio acelerado nos EUA

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Enquanto milho e trigo registram altas e oferecem suporte às cotações, o óleo de soja continua em queda e exerce pressão sobre os preços do grão. Acompanhe, a seguir, os principais fatores que influenciam o comportamento do mercado neste início de semana.

Soja opera estável após quedas na sessão anterior

Por volta das 7h35 (horário de Brasília), os contratos futuros da soja registravam variações discretas, com quedas entre 0,75 e 1,25 ponto. O contrato de julho era cotado a US$ 10,44 por bushel, enquanto o de setembro valia US$ 10,17.

A estabilidade desta terça-feira reflete uma tentativa de recuperação após perdas mais intensas na sessão anterior.

Milho e trigo sobem e oferecem suporte ao mercado

A leve recuperação da soja encontra apoio nas altas registradas pelos mercados de milho e trigo, que voltam a subir nesta terça-feira após fortes quedas no início da semana. As duas commodities são influenciadas, principalmente, pelas valorizações do petróleo, que impulsionam a recuperação de parte das perdas recentes.

O petróleo tipo Brent e o WTI sobem mais de 2% nesta manhã, com o movimento de realização de lucros favorecendo a alta das demais commodities agrícolas.

Óleo de soja mantém tendência de baixa

Apesar da recuperação no milho e no trigo, o óleo de soja continua pressionando os preços do grão. Na sessão anterior, o derivado encerrou com queda superior a 1%, tendência que se mantém no pregão desta terça-feira.

Essa fraqueza no óleo limita os ganhos da soja em grão, uma vez que o produto representa uma importante parte da cadeia de valor da oleaginosa.

Plantio de soja avança nos EUA com clima favorável

Os investidores também acompanham com atenção o ritmo do plantio nos Estados Unidos, que segue avançando em bom ritmo. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o plantio de soja evoluiu de 18% para 30% da área na última semana. O número ficou levemente abaixo da expectativa do mercado, que projetava 31%.

Em comparação com anos anteriores, o ritmo é positivo: no mesmo período do ano passado, 24% da área havia sido plantada, enquanto a média das últimas cinco safras é de 23%.

Lavouras começam a germinar

O USDA informou ainda que 7% das lavouras de soja já germinaram, número que se compara a 8% em 2023 e uma média de 5% nos últimos cinco anos.

Especialistas destacam que o clima continua favorável para os trabalhos de campo, o que deve permitir a conclusão da semeadura dentro de um prazo adequado.

Mesmo diante de um plantio acelerado e clima positivo nos Estados Unidos, os preços da soja mantêm estabilidade na Bolsa de Chicago, sustentados pelas altas no milho, trigo e petróleo. A queda contínua do óleo de soja, no entanto, limita movimentos mais expressivos de recuperação. O cenário segue influenciado por fatores climáticos, macroeconômicos e geopolíticos, exigindo atenção redobrada dos agentes do mercado nos próximos dias.

Fonte: portaldoagronegocio

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