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Cigarrinha do milho em Santa Catarina: aumento populacional com baixa incidência de bactérias

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O Programa Monitora Milho SC, responsável pelo acompanhamento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina, registrou um aumento significativo na população do inseto na última semana. De acordo com Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, coordenadora do programa e pesquisadora da Epagri, a média de cigarrinhas por armadilha nas semanas anteriores foi de 85 e 66,7, respectivamente, mas o levantamento mais recente revelou um aumento para 118,4 insetos por armadilha. “Esse aumento é esperado. Monitoramentos anteriores indicam que, na fase reprodutiva do milho, o manejo químico se torna mais difícil devido à utilização de maquinário no campo, o que é mais eficaz na fase vegetativa, considerada a mais crítica”, explica a pesquisadora.

Apesar do crescimento populacional das cigarrinhas, a incidência de infecções por agentes patogênicos, como as bactérias do espiroplasma do enfezamento-pálido e o fitoplasma do enfezamento-vermelho – ambos responsáveis por sérios danos às lavouras – continua baixa em todo o estado. Maria Cristina alerta que os sintomas dessas infecções incluem folhas avermelhadas, espigas malformadas e plantas de porte reduzido, com encurtamento dos internódios.

A especialista também enfatizou a importância de monitorar a sobrevivência dos insetos durante a entressafra. O programa continuará a vigilância até o fim da safrinha, pois é crucial determinar se os insetos estão ou não infectados. “Esperamos encerrar a safrinha com uma quantidade razoável de cigarrinhas na natureza. O que não queremos é que essas cigarrinhas estejam contaminadas com patógenos, pois a possibilidade de elas sobreviverem em milho tiguera, ou milho voluntário, é muito alta”, afirmou.

O programa Monitora Milho SC, que coleta e divulga semanalmente informações de todas as regiões do estado, permite que os produtores acompanhem a evolução das populações de cigarrinhas e as infecções por elas causadas. Na última semana, foi detectada a presença dos vírus do rayado-fino e do mosaico estriado, além da bactéria do fitoplasma do enfezamento-vermelho, com registros positivos em cidades como Braço-do-Norte, Guatambu e Irati.

A média estadual de cigarrinhas por armadilha foi de 118,4, com a última semana não apresentando a presença de espiroplasma do enfezamento-pálido nem do vírus do mosaico estriado. O controle eficaz do ataque de cigarrinhas, especialmente aquelas infectadas com patógenos causadores dos enfezamentos, é essencial para proteger a produção de milho.

O programa Monitora Milho SC foi criado no início de 2021 como uma ação integrada de diversas entidades, incluindo Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, com o objetivo de combater a cigarrinha-do-milho e os patógenos associados que afetam as lavouras.

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Fonte: portaldoagronegocio

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