Produtores rurais dos quatro cantos do mundo protagonizam a construção de um novo agronegócio. É o despertar para um setor cada dia mais tecnológico, inteligente e rentável, movido pelas inovações científicas e pelo desejo de produzir cada vez mais. A ousadia e o pioneirismo dos agricultores que investem em tecnologia contribuem para a economia, para o desenvolvimento sustentável e para a produção de alimentos a nível global.
Essas iniciativas são cada vez mais constantes. Muitas vezes, partem da visão e do espírito de liderança de fazendeiros apaixonados pelo que fazem. São histórias como a da Fazenda Terra Morena, localizada em Correntina, no oeste baiano. A propriedade, que abriu as porteiras pela primeira vez em 2015, conta com a gestão e dedicação de uma família: o produtor Antenor José Scatulin, sua esposa Marineia Pirani Scatulin e os filhos Felipe Pirani Scatulin e Antenor Neto Scatulin.
Três anos mais tarde, visando a produtividade das lavouras de grãos, a equipe da fazenda apostou na irrigação, implantando os primeiros pivôs Valley. O sistema de irrigação inteligente foi integrado por 14 equipamentos, que contemplavam a produção de soja, milho e sorgo, cultivados de forma intercalada.
Os resultados expressivos e a escalada produtiva ampliaram as perspectivas da família Scatulin. Com o objetivo de aprimorar os processos de gerenciamento e produção da fazenda de forma mais eficiente, os produtores decidiram investir no Valley Scheduling, plataforma de gestão de irrigação avançada da empresa.
Há cerca de um ano e meio, o olhar inovador de Felipe Scatulin colocou a ferramenta tecnológica no radar da Fazenda Terra Morena. “Quando comecei a assumir a gestão da fazenda com meu pai, ele não entendia muito de tecnologia. Eu que dei a ideia e ele concordou, porque tenho mais facilidade com tecnologia. Desde então, estamos utilizando e está dando muito certo”, pontua.
A tecnologia Scheduling auxilia na tomada de decisões assertivas por meio de um banco de dados rico, que permite consultoria técnica, economia de energia e aplicação de recursos hídricos assertiva. O Valley Scheduling agrega à equipe da Fazenda Terra Morena informações sobre o solo, a cultura e os equipamentos utilizados, bem como dados climáticos fornecidos pela estação meteorológica representativa. A utilização da plataforma também torna viável a criação de um histórico de produtividade e de resultados que mostram o nível de irrigação de cada área monitorada. Tendo em vista esses benefícios, Felipe afirma que adquirir a ferramenta foi um excelente investimento.
O agricultor destaca a facilidade de manejo, o custo-benefício, a praticidade e a comodidade como as principais vantagens do Valley Scheduling. Além disso, destaca que o gerenciamento mais preciso do software impactou diretamente na produtividade da lavoura.
“Tendo na palma da mão ou no computador o que consegue irrigar, recebendo uma informação de parada no sistema como ‘o pivô parou’, você consegue ter um controle melhor da irrigação”, pontua.
Tantos resultados positivos motivaram a família Scatulin a ampliar o número de pivôs geridos pelo Valley Scheduling na propriedade. Em 2022, foram instalados mais 13 pivôs Valley com capacidade de cobertura de até 100 hectares, cada. Hoje, com um sistema formado por 27 pivôs, a Fazenda Terra Morena chega à marca de 2.540 hectares de área irrigada. Em 2023, a propriedade também passará a produzir trigo.
Gerenciamento de sucesso em Goiás
No município de Rio Verde, no estado de Goiás, uma outra propriedade rural movida pela força familiar vem fazendo história e apostando na tecnologia. Mais de sete décadas de trabalho e inovação marcam a história da Fazenda Monte Alegre, gerenciada pelo produtor Fernando Alves Pereira.
Na década de 70, o pai do agricultor mudou-se do interior de São Paulo para o sudoeste goiano e deu início ao empreendimento, a princípio com a cultura de arroz. Nos anos 80, a produção da Fazenda Monte Alegre foi integrada pelo cultivo de soja e milho. Além disso, o patriarca introduziu a pecuária na propriedade, com a criação de gado de corte. Por volta de 1985, dois pivôs centrais foram instalados na propriedade, resultando uma área irrigada de 225 hectares.
De acordo com Fernando, a implementação do projeto de irrigação buscou potencializar a produtividade das lavouras de maneira arrojada. “A ideia do sistema de irrigação se deu com o objetivo de aproveitamento da área, fazendo mais de uma safra por ano, já que no início não se fazia safrinha na região. Além disso, tínhamos como foco o ganho de produtividade”, explica.
Atualmente, o produtor produz soja, milho, feijão e sorgo na fazenda. Onze pivôs compõem o sistema de irrigação da fazenda, somando uma área irrigada de 850 hectares num total de 3.300 hectares da propriedade.
A irrigação da Fazenda Monte Alegre também conta com os dados fornecidos pelo Valley Scheduling. Além possibilitar a identificação e mitigação de quaisquer problemas nas lavouras e viabilizar uma irrigação ainda mais eficiente, a ferramenta auxilia os agricultores no uso racional de recursos hídricos de forma sustentável.
Fonte: portaldoagronegocio