Sophia @princesinhamt
Agronegócio

Preços do milho se mantêm estáveis no Paraná e aumentam em Mato Grosso do Sul: análise de mercado

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O mercado do milho começou a semana com movimentos distintos nas principais regiões produtoras do país. No Rio Grande do Sul, o setor de exportação em Rio Grande encerrou suas compras, segundo informações da TF Agroeconômica.

Os preços de compra pela indústria variam entre R$ 75,00 e R$ 79,00, dependendo da localidade: Santa Rosa e Ijuí registram R$ 75,00 por saca, enquanto Gaurama e Marau pagam R$ 77,00. Já em Arroio do Meio e Lajeado, os valores atingem R$ 78,00. No mercado interno, os armazenadores seguem comercializando conforme a oferta dos produtores, com mais de 50% da safra já negociada. Os preços no interior oscilam entre R$ 73,00 e R$ 78,00, com a saca em Panambi subindo para R$ 68,00.

Em Santa Catarina, cooperativas locais apresentam variação de preços, com Campo Alegre pagando R$ 70,00 por saca, Papanduva R$ 69,00, e a região oeste e serrana negociando a R$ 71,00. Para entrega futura, os valores alcançam R$ 72,00 para agosto e R$ 73,00 para outubro, com pagamentos programados para setembro e novembro, respectivamente.

No Paraná, os preços no porto de Paranaguá mantiveram-se estáveis ao longo da semana. No mercado spot, as ofertas estão em torno de R$ 72,00 por saca no interior do estado. Para a safrinha, os preços variam conforme o prazo de entrega: R$ 70,50 para agosto, R$ 71,50 para setembro, R$ 72,30 para outubro e R$ 73,30 para novembro, com pagamentos sempre no fim do mês seguinte.

Atraso no plantio e valorização em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o plantio do milho safrinha segue atrasado, com 80% da área semeada, abaixo dos 86% registrados no mesmo período do ano passado e da média histórica de 82,2%, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O retorno das chuvas, contudo, tem melhorado as condições das lavouras.

Os preços do milho subiram em todas as praças do estado. Em Campo Grande, a alta foi de 2,94%, alcançando R$ 70,00 por saca. Chapadão do Sul registrou a maior valorização, com um avanço de 18,57%, chegando a R$ 77,00. Em Dourados, o preço subiu 5,26%, atingindo R$ 75,79, enquanto em Maracaju a saca foi cotada a R$ 74,00. Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia registraram preços de R$ 75,00 por saca.

Milho B3 e Chicago fecham em alta

Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho iniciou a semana em alta. Segundo a TF Agroeconômica, mesmo com a iminente chegada da primeira safra ao mercado, os poucos lotes negociados seguem valorizados. No último dia do contrato de março, a cotação de maio foi impulsionada para R$ 82,07 por saca.

Os vencimentos futuros também apresentaram avanço: o contrato de maio/25 fechou em R$ 82,07, com alta de R$ 2,10 no dia e R$ 0,06 na semana. Para julho/25, o valor chegou a R$ 73,98, uma alta de R$ 1,55 no dia, mas com leve queda semanal de R$ 0,26. O contrato para setembro/25 foi negociado a R$ 73,55, com acréscimo de R$ 1,48 no dia e R$ 0,23 na semana.

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho também registrou valorização, impulsionado pela falta de umidade nas regiões produtoras do Brasil e dos Estados Unidos. A cotação de maio, referência para a safra brasileira de verão, teve alta de 0,55% ou 2,50 cents/bushel, fechando em US$ 461,00. Já o contrato de julho registrou alta de 0,53%, alcançando US$ 470,00 por bushel.

O movimento de alta também foi influenciado pela forte valorização do trigo. No Brasil, as condições secas no Centro-Oeste comprometem o plantio da safrinha, enquanto nos Estados Unidos a falta de umidade preocupa os produtores no início da semeadura. Apesar das incertezas sobre tarifas de exportação, os embarques americanos seguem acelerados. Embora tenha ocorrido uma queda de 11% nos volumes semanais, os EUA já exportaram 30,76 milhões de toneladas de milho no atual ano comercial, superando o volume registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: portaldoagronegocio

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.