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Leitura de cocho: Estratégias para otimizar a eficiência produtiva no confinamento de bovinos

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A observação do comportamento alimentar dos bovinos durante o confinamento é fundamental para garantir eficiência produtiva e econômica. A chamada “leitura de cocho” consiste em avaliar a quantidade de alimento remanescente no cocho para ajustar a oferta de dieta, assegurando um fornecimento mais preciso e alinhado às necessidades dos animais.

O confinamento é amplamente utilizado na pecuária de corte por estar diretamente relacionado ao aumento da eficiência produtiva. Com um manejo nutricional adequado, essa técnica permite reduzir a idade de abate, melhorar a qualidade da carne e elevar o peso dos bovinos. Além disso, proporciona benefícios como a diluição dos custos operacionais, preservação das áreas de pastagem e possibilidade de produção de adubo orgânico.

A importância da leitura de cocho no manejo alimentar

De acordo com o zootecnista Victor Fonseca, coordenador técnico de bovinos da MCassab Nutrição e Saúde Animal, a leitura de cocho permite identificar excessos ou deficiências na alimentação, garantindo um manejo mais eficiente. “Essa prática possibilita ajustes diários na oferta de alimentos, otimizando o consumo de matéria seca (CMS), melhorando a eficiência alimentar (EA) e equilibrando a saúde ruminal”, explica o especialista.

Com a correta interpretação das sobras no cocho, o produtor pode verificar se os bovinos estão consumindo mais ou menos ração do que o esperado e, assim, realizar os ajustes necessários na dieta ao longo do dia. “Uma curva de consumo estável é essencial para manter a segurança ruminal e maximizar a eficiência alimentar, fator diretamente ligado à lucratividade da terminação em confinamento”, acrescenta Fonseca.

Leitura de cocho e o impacto na produtividade

Além da melhoria na nutrição, a leitura de cocho auxilia na detecção de falhas operacionais ou problemas de manejo. “Se os cochos apresentam sobras excessivas ou estão constantemente vazios, pode ser um indicativo de inconsistências no trato, na formulação da dieta ou até mesmo na saúde dos animais”, alerta o técnico da MCassab.

A prática deve ser realizada diariamente, preferencialmente pela manhã, antes do primeiro trato. Para um diagnóstico mais preciso, é recomendável complementar a leitura matinal com uma avaliação noturna. Além de quantificar as sobras, é fundamental classificá-las corretamente, distinguindo sobra (alimento ainda consumível) de resto (alimento deteriorado e inadequado para o consumo).

A tomada de decisão deve considerar o histórico das últimas três leituras, garantindo maior precisão nos ajustes alimentares e, consequentemente, promovendo melhores índices de ganho de peso diário (GPD) e eficiência alimentar no confinamento de bovinos de corte.

Fonte: portaldoagronegocio

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