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Agronegócio

Como a tecnologia e a conectividade estão revolucionando a colheita de soja no Centro-Oeste

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A safra 2024/25 deve atingir um recorde histórico de 325,7 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior, conforme projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Centro-Oeste, região que abriga três dos cinco maiores produtores de grãos do Brasil — Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás —, tem papel central nesse avanço. A adoção de tecnologias e o fortalecimento da conectividade no campo têm sido determinantes para ampliar a eficiência e reduzir perdas na produção agrícola.

Em Mato Grosso, a colheita da soja já alcançou 66% da área cultivada, registrando um avanço semanal de 16,08 pontos percentuais, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na Fazenda Santo Augusto, localizada em Campo Novo do Parecis (MT), a família Sponchiado alia tradição e inovação para impulsionar a produtividade. Marlei Sponchiado, patriarca da propriedade e pioneiro no cultivo de soja na região, vê na modernização uma tendência irreversível para o agronegócio.

Seu filho e sucessor, Vinicius Sponchiado, de 25 anos, compartilha dessa visão e aposta na conectividade como aliada na produção. “O produtor que não acompanhar a evolução tecnológica ficará para trás. Hoje, o campo está tão conectado quanto a cidade”, afirma. Essa confiança se reflete na infraestrutura da fazenda, onde 85% dos equipamentos são da John Deere, garantindo precisão e eficiência operacional.

A família Sponchiado é uma das beneficiadas pelo ConectÁster, iniciativa da Áster Máquinas, concessionária John Deere que atua em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto está em fase avançada de implementação e já impacta mais de 700 mil famílias, melhorando o acesso à internet em mais de 3 milhões de hectares. Além de otimizar a produção agrícola, a conectividade traz benefícios diretos à qualidade de vida no campo, facilitando o acesso a saúde, educação e entretenimento.

“A conectividade não apenas impulsiona a produção agrícola, mas transforma a vida das pessoas. Ter internet de qualidade significa mais informação e melhores oportunidades. Isso materializa nosso propósito: trabalhamos para que a vida possa avançar”, destaca Luiz Piccinin, presidente da Áster Máquinas.

Tecnologia a favor da produtividade

A conectividade no campo tem sido um fator essencial para o aumento da produtividade no Centro-Oeste. Máquinas agrícolas conectadas ao Centro de Soluções Conectadas da Áster Máquinas, em Cuiabá (MT), permitem ganhos operacionais de até 30%, resolvendo remotamente 80% das falhas identificadas. Esse suporte ágil se traduz em mais eficiência e economia.

Ferramentas como o Planejador de Trabalho viabilizam o envio de documentação e atualizações em tempo real, ampliando a disponibilidade dos equipamentos. Já o Combine Advisor, um pacote de automação com sete funcionalidades, otimiza a colheita ao reduzir perdas de grãos em até 13% e melhorar a qualidade da produção em 17%. Essas inovações não apenas aumentam a produtividade, mas também promovem uma gestão mais sustentável dos recursos agrícolas.

Legado de modernização

Em Mato Grosso do Sul, a colheita já atingiu 17,3% da área total, equivalente a mais de 750 mil hectares, segundo a Aprosoja/MS. O pico da safra ocorre entre 14 de fevereiro e 14 de março.

Na Fazenda Volta Grande, em Sidrolândia (MS), os irmãos Paulo e Cláudio Stefanello dão continuidade a um legado de mais de cinco décadas. A família, originária de Pejuçara (RS), migrou para Mato Grosso do Sul em 1970 em busca de novas oportunidades. Hoje, a propriedade segue sob gestão familiar e já colheu 35% da área de soja desta safra, operando com uma frota composta por 85% de equipamentos John Deere.

Paulo Stefanello destaca a influência de seu avô, um dos primeiros agricultores do Rio Grande do Sul a adquirir um trator John Deere na década de 1960. “O Brasil tem uma vocação natural para produzir alimentos em abundância. Nada é mais essencial do que isso”, afirma.

A fazenda adota tecnologias avançadas, como telemetria e análises de correção do solo, para acompanhar o desempenho da produção em tempo real. “A tecnologia mudou completamente a forma como trabalhamos no campo. Hoje, conseguimos otimizar o uso de insumos e monitorar cada detalhe da operação, garantindo mais eficiência e rentabilidade”, conclui Paulo Stefanello.

A modernização do agronegócio, impulsionada pela conectividade e pelo uso de máquinas inteligentes, reforça a competitividade da produção brasileira, tornando o setor mais sustentável e produtivo para as próximas gerações.

Fonte: portaldoagronegocio

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