A Tereos, uma das empresas líderes na produção de açúcar, etanol e energia do país, está investindo cerca de R$ 23,5 milhões em um projeto para ampliar a utilização da vinhaça para fertilização de seus canaviais, aumentando em cerca de 40 mil hectares de aplicação nas áreas da empresa.
A vinhaça, coproduto da cana-de-açúcar gerado a partir da fabricação de etanol, contém principalmente o potássio, nutriente essencial para o desenvolvimento da cana, além de outros nutrientes em menor quantidade. Dessa forma, sua aplicação é uma prática cada vez mais comum para fertilização das plantações, possibilitando a destinação correta do resíduo.
Atualmente, todas as unidades do grupo contam com a aplicação de vinhaça localizada. A técnica permite 100% de aproveitamento da vinhaça, já que oferece maior precisão de aplicação e controle de vazão, garantindo maior qualidade na operação.
De acordo com Everton Carpanezi, Superintendente de Operações Agroindustriais da Tereos, o projeto foi criado com o objetivo de ampliar as alternativas e reduzir a dependência da companhia em soluções do mercado, além de colocar a empresa em uma situação mais positiva em um cenário de alta de preços de fertilizantes, como visto recentemente. “A iniciativa também reforça um de nossos principais pilares, a sustentabilidade, ao aproveitar ao máximo os resíduos de nossa principal matéria-prima, a cana-de-açúcar”, complementa.
Para o sucesso do projeto, os investimentos foram realizados em diferentes áreas. Na área agrícola, o foco foi na padronização e otimização da performance dos aplicadores. Além disso, a empresa investiu em melhorias na estrutura de carregamento e bombeamento de vinhaça, além de estratégias para redução de gargalos logísticos no transporte. Por fim, houve uma ampliação da estrutura de aplicação de vinhaça por meio da aquisição de sete novos equipamentos de aplicação, totalizando 26 no grupo.
Já na indústria, os esforços visam garantir uma vinhaça com maior concentração de potássio para otimização das aplicações no campo como, por exemplo, maior controle da fermentação e separação de água residuária.
“Todos esses investimentos reforçam nossa preocupação em garantir a sustentabilidade de nossos processos e nos manter competitivos frente aos desafios atuais do setor. Continuaremos focados em encontrar as melhores soluções, no campo e na indústria, para cumprirmos nossos objetivos”, finaliza Carpanezi.
Fonte: portaldoagronegocio