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Agronegócio

Os Cinco Pilares da Produtividade das Forrageiras: Manejo, Espécies e Práticas Sustentáveis para Transformar o Solo

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A produtividade das culturas subsequentes pode aumentar em até 25% em áreas com palhada e raízes de forrageiras, conforme dados da Embrapa. Além disso, observa-se uma significativa redução no uso de fertilizantes e herbicidas, o que contribui para práticas agrícolas mais sustentáveis.

De acordo com Diogo Rodrigues, Zootecnista e Coordenador Técnico da Soesp (Sementes Oeste Paulista), a palhada e as raízes das forrageiras desempenham um papel crucial na melhoria das áreas de plantio. “Quando falamos em palhada e raízes, estamos criando uma estrutura que potencializa as lavouras. Não se trata apenas de uma cobertura morta, mas de uma série de dinâmicas físicas, químicas e biológicas que atuam no solo e, gradativamente, melhoram sua fertilidade e estrutura. É, de fato, um investimento para o futuro”, explica.

As raízes e a palhada das forrageiras formam uma “malha” que protege o solo contra a erosão causada pelo vento, o escoamento da água e o impacto direto da chuva. Esse “escudo” natural é fundamental para preservar os nutrientes e manter a fertilidade do solo. Rodrigues acrescenta que “uma camada adequada de palhada pode reduzir drasticamente as perdas de solo, especialmente em regiões propensas à erosão, como áreas inclinadas”. Espécies como a braquiária, que possuem raízes profundas, aumentam a capacidade de infiltração de água, ajudando a reduzir a formação de enxurradas.

Além disso, o uso de forrageiras também contribui para o controle de plantas invasoras, uma vez que elas bloqueiam a entrada de luz, dificultando a germinação de sementes de plantas daninhas em estado de dormência. “Isso reduz a necessidade de herbicidas, promovendo um manejo mais sustentável”, destaca o especialista.

Escolha da Forrageira Ideal

A escolha da forrageira mais adequada é um dos principais fatores para o sucesso das práticas agrícolas sustentáveis. Aspectos como clima, tipo de solo e o sistema produtivo adotado devem ser cuidadosamente considerados. Entre as espécies mais utilizadas no Brasil, destacam-se as braquiárias (Brachiaria spp.), como a Ruziziensis, BRS Paiaguás e BRS Piatã, que se sobressaem pela alta produção de biomassa e raízes profundas, sendo ideais para sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP). “Essas espécies são uma excelente opção para regiões tropicais, especialmente por sua adaptação a solos mais ácidos e por sua rusticidade”, afirma Rodrigues.

O Manejo Como Chave para o Sucesso

O plantio direto é uma das práticas que assegura que a palhada permaneça intacta, protegendo o solo entre os ciclos das lavouras. Contudo, o planejamento do plantio, alinhado às condições climáticas e aos ciclos das culturas, é igualmente fundamental para preservar e maximizar os benefícios. “O momento da colheita ou roçada é crucial. Se realizada muito cedo, compromete a quantidade de biomassa; se feita muito tarde, pode dificultar o manejo”, explica Rodrigues.

Com base nas melhores práticas recomendadas, é possível identificar cinco pilares essenciais para a produção de palhada e raízes de alta qualidade:

1. Escolha das Espécies Certas

Selecionar a forrageira mais adequada às condições de solo e clima é fundamental para garantir uma cobertura eficiente e raízes que promovam a saúde do solo.

2. Planejamento do Manejo

Definir o momento ideal para o plantio, corte e dessecação da forrageira é crucial para maximizar a produção de biomassa.

3. Rotação de Culturas e Biodiversidade

A introdução de diferentes espécies de forrageiras no sistema ajuda a prevenir pragas e doenças, além de promover a diversificação da matéria orgânica.

4. Sustentabilidade no Plantio Direto

Manter a palhada na superfície do solo entre os ciclos das culturas favorece a retenção de umidade e reduz o uso de insumos.

5. Monitoramento Constante

Acompanhar o desenvolvimento das forrageiras e o estado do solo permite ajustes necessários para alcançar os melhores resultados.

Com essas práticas, o manejo de forrageiras torna-se um pilar fundamental para a sustentabilidade agrícola, promovendo tanto a produtividade das culturas como a preservação do meio ambiente.

Fonte: portaldoagronegocio

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