A safra da uva avança no Rio Grande do Sul, impulsionada pelo clima quente, que tem acelerado o amadurecimento dos frutos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, em Quaraí, na região administrativa de Bagé, já foi colhido 40% dos 75 hectares cultivados.
Na Serra Gaúcha, as condições meteorológicas dos últimos dias – com chuvas, ventos e menor incidência de radiação solar – dificultaram a maturação dos cachos e afetaram a sanidade das plantas. Ainda assim, mais da metade do volume previsto já foi colhido. A variedade Bordô está em fase final de colheita, enquanto a Isabella teve sua colheita antecipada devido ao amadurecimento acelerado. Caso o ritmo atual seja mantido, a safra deve ser concluída até o fim de fevereiro.
A mecanização tem sido amplamente adotada, reduzindo a necessidade de mão de obra. No entanto, alguns produtores entregaram suas uvas à indústria sem definição de preço ou prazo de pagamento. No mercado, a variedade Niágara Rosada registrou uma leve recuperação, sendo comercializada a R$ 3,80/kg, enquanto as uvas finas variam entre R$ 8,00 e R$ 12,00/kg.
Na região de Erechim, a qualidade dos frutos tem se destacado, levando vitivinicultores a buscar uvas da Serra Gaúcha para a produção de vinhos, sucos e consumo in natura. A região responde por cerca de 40% da produção destinada ao consumo.
Já em Santa Maria, o clima seco e quente antecipou o ciclo produtivo, resultando em cachos que amadureceram até 20 dias antes do previsto. O alto teor de açúcar nas uvas pode impactar diretamente a qualidade dos vinhos e sucos elaborados na região.
Fonte: portaldoagronegocio