A Bahia se consolidou como líder em irrigação por pivôs centrais no Brasil, ultrapassando Minas Gerais em área irrigada com essa tecnologia, que se destaca pela distribuição uniforme de água em áreas cultivadas. De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri Ba), a irrigação por pivôs centrais tem apresentado um crescimento significativo no país, com a região Oeste da Bahia liderando a expansão dessa prática.
Até outubro de 2024, a Bahia contava com 404 mil hectares irrigados, posicionando-se como o segundo maior estado em área irrigada, atrás apenas de Minas Gerais, que lidera com 637 mil hectares. A grandeza desse avanço deve-se a uma série de fatores, entre os quais se destacam as características geográficas favoráveis, como o relevo do solo e a facilidade na implantação dos sistemas de irrigação. Além disso, o uso eficiente das águas do Aquífero Urucuia e a implementação de tanques de geomembrana para o armazenamento de água desempenham um papel essencial na expansão da irrigação na região.
A irrigação por pivôs centrais tem se mostrado um aliado valioso para os produtores agrícolas, proporcionando aumentos significativos na produtividade. O sistema permite que a produtividade por hectare seja até três vezes superior à observada em cultivos não irrigados, resultando em uma produção agrícola mais estável e de qualidade superior. Além disso, essa tecnologia possibilita a colheita durante a entressafra, ajudando a evitar a expansão desnecessária da fronteira agrícola, o que representa um avanço importante para a sustentabilidade do setor.
No Brasil, o uso de pivôs centrais abrange uma área total de 2.200.960 hectares, distribuídos por 33.846 pivôs. Na Bahia, os municípios de São Desidério (91.687 hectares) e Barreiras (60.919 hectares) se destacam como grandes polos de irrigação, enquanto em Minas Gerais, as cidades de Paracatu e Unaí, com 88.889 hectares e 81.246 hectares, respectivamente, também figuram entre as maiores áreas irrigadas.
Apesar dos benefícios dessa tecnologia, o uso intensivo de água nas áreas irrigadas pode gerar preocupações quanto à sustentabilidade dos recursos hídricos. A Bahia, no entanto, tem se destacado pela gestão responsável da água. O monitoramento constante do nível do Aquífero Urucuia tem sido fundamental para garantir a segurança hídrica, permitindo uma irrigação eficiente e sustentável, que assegura a disponibilidade de água para as gerações futuras, conforme informações da Seagri.
Fonte: portaldoagronegocio