A Fundecitrus revisou em dezembro sua projeção para a safra de laranjas do cinturão citrícola de São Paulo, Triângulo Mineiro e Sudoeste Mineiro, estimando um volume de 223,14 milhões de caixas. Esse número é 3,4% superior à estimativa de setembro, impulsionado pelas chuvas favoráveis de outubro e novembro. No entanto, o volume ainda é 27,4% inferior ao registrado na safra anterior.
No cenário internacional, a oferta limitada, os estoques reduzidos e a baixa produção devem manter as exportações de suco em patamares inferiores aos observados no ano-safra 2023/24.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) revisou para baixo sua estimativa de produção de laranjas na Flórida, reduzindo a projeção em 20%, de 15 milhões para 12 milhões de caixas. A queda reflete as condições climáticas desfavoráveis, como seca e temperaturas mais baixas do que o normal, que comprometeram o desenvolvimento das frutas.
Com isso, a produção da Flórida será 33% menor do que no ano anterior, atingindo o menor volume registrado em quase um século. Nos EUA, a produção total, liderada pela Califórnia desde a safra 2022/23, é estimada em 60,55 milhões de caixas, uma queda de 9,1% em relação ao ciclo 2023/24.
As dificuldades enfrentadas tanto no Brasil quanto nos EUA, especialmente na Flórida, devem manter os preços do suco elevados em Nova York. Além disso, os spreads da indústria permanecem altos, uma vez que o aumento dos preços do suco supera os custos de produção. No Brasil, os estoques limitados restringem as exportações, que devem continuar em níveis abaixo dos registrados no ano anterior.
Esse cenário também fortalece os preços da fruta no mercado interno, criando oportunidades para produtores com oferta disponível ou para aqueles que buscam negociar contratos de entrega futura.
Fonte: portaldoagronegocio
