Na sexta-feira (17), o dólar reverteu a tendência de queda e voltou a subir, com investidores atentos à iminente posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para a próxima semana. Além disso, indicadores econômicos e balanços corporativos mantêm-se no radar dos mercados.
Na sessão anterior, a moeda norte-americana havia registrado alta de 0,48%, fechando a R$ 6,0532, enquanto o índice Ibovespa apresentou recuo de 1,15%, encerrando aos 121.234 pontos.
Expectativas para a Posse de Trump
A previsão é que Donald Trump anuncie uma série de medidas executivas logo nos primeiros dias de mandato, abrangendo áreas como imigração e energia. Em declaração recente, Scott Bessent, escolhido por Trump para liderar o Departamento do Tesouro, destacou que as políticas propostas devem contribuir para a redução da inflação e o aumento salarial nos Estados Unidos. Bessent também reforçou a importância da independência do Federal Reserve e defendeu sanções mais severas contra o setor petrolífero russo.
Nos Estados Unidos, dados divulgados recentemente mostraram fragilidade no varejo e um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego, sugerindo uma desaceleração gradual da economia. Analistas esperam que o Federal Reserve adote uma postura cautelosa em 2025, prevendo apenas dois cortes adicionais nas taxas de juros ao longo do ano.
Indicadores da China e Outros Destaques Internacionais
Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 cresceu 5%, impulsionado por exportações, produção industrial e vendas no varejo. Contudo, o ritmo de crescimento segue abaixo do registrado em anos anteriores, refletindo desafios no setor imobiliário e pressões deflacionárias.
Além disso, os mercados acompanham as notícias sobre um possível cessar-fogo entre Israel e Hamas e aguardam dados sobre inflação na zona do euro, além de indicadores de produção industrial e varejo nos Estados Unidos.
Cenário Doméstico: Reforma Tributária e PIX
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o primeiro projeto de lei regulamentando a reforma tributária aprovada no fim de 2024. A legislação detalha a implementação gradual de três novos impostos sobre consumo, com transição iniciada em 2026 e previsão de conclusão em 2033.
Outra questão em destaque é a revogação de normas relacionadas ao PIX, após uma onda de desinformações alegando falsa tributação. O governo esclareceu que não haverá cobranças sobre transações via PIX e que uma medida provisória será editada para proibir diferenciação de preços com base na forma de pagamento.
Cotações do Dólar e Ibovespa
Às 10h11, o dólar era cotado a R$ 6,0715, com alta de 0,29%. Na semana, acumulou queda de 0,79%, enquanto no mês e no ano registrou recuo de 2,05%.
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,16%, aos 121.424 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 2%, com ganho de 0,79% no mês e no ano.
Com informações da agência Reuters.
Fonte: portaldoagronegocio