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Agronegócio

Projeções para 2025: Café no Brasil segue em tendência de safra abaixo da média

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Um relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA apresentou uma análise detalhada sobre as recentes movimentações no setor cafeeiro e atualizou as perspectivas para as principais commodities agrícolas. As informações reforçam um cenário desafiador para a oferta de café arábica em 2025, enquanto os preços permanecem elevados devido a fatores climáticos e de demanda.

Escalada do Arábica e Impacto no Conilon

Em dezembro de 2024, os preços do café continuaram a subir, com destaque para o arábica. A expectativa de uma safra frustrada no ciclo 2025/26 no Brasil impulsionou os valores, refletindo também no conilon. Na Bolsa de Nova York, o arábica registrou alta de 15% em relação à média de novembro, enquanto a desvalorização do real em 5% elevou em 23% os preços no mercado interno.

O conilon teve um aumento mais moderado, de 14%, acompanhado pela valorização menor do robusta em Londres (7%). Nos primeiros dias de 2025, o arábica foi negociado na faixa de R$ 2.250 por saca, e o conilon, a R$ 1.850 por saca, representando altas de 121% e 141%, respectivamente, em comparação ao início de 2024.

Clima e Perspectivas de Produção

Chuvas abundantes em novembro e dezembro de 2024 ajudaram no desenvolvimento vegetativo das lavouras brasileiras, favorecendo o potencial da safra 2026/27. Contudo, temperaturas médias elevadas seguem como um desafio.

No Vietnã, o excesso de chuvas nos últimos dias tem prejudicado a colheita e aumentado as preocupações com a qualidade dos grãos, devido às dificuldades no processo de secagem. Em termos de preços internacionais, os robustas do Vietnã e do Brasil se aproximaram, embora os vietnamitas ainda apresentem um desconto de cerca de USD 130 por tonelada.

Projeções para Oferta e Demanda

O USDA revisou em dezembro as estimativas globais de oferta e demanda de café. Para o Brasil, a safra 2024/25 foi ajustada de 69,9 milhões para 66,4 milhões de sacas, com destaque para a redução na oferta de arábica. Já no Vietnã, a projeção para 2024/25 subiu para 30,1 milhões de sacas, impulsionada por cuidados adicionais na colheita, apesar da seca registrada no início do ano anterior.

Em relação à safra 2025/26, espera-se que a produção total no Brasil seja semelhante à do ciclo anterior ou levemente inferior, com maior participação do robusta e menor do arábica, devido à seca prolongada e ao calor intenso em 2024.

Perspectivas para 2025

Para os produtores de conilon, o cenário é especialmente favorável, com expectativas de boas colheitas e preços elevados. Áreas irrigadas de arábica também devem apresentar boas produtividades, enquanto regiões dependentes de chuvas enfrentam maiores desafios.

Com o consumo global em crescimento e a oferta de arábica limitada, a tendência é de preços firmes e possivelmente em alta nos próximos meses, com impactos nas exportações, margens comerciais e na indústria de torrefação e solúveis.

Fonte: portaldoagronegocio

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