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Agronegócio

Previsão de queda nas importações de algodão pela China em 2024/25 e seu impacto no mercado global

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O mercado de algodão encerrou 2024 com uma queda no preço da fibra em Nova York, refletindo uma série de fatores econômicos. Em dezembro, o valor da pluma em Nova York voltou a cair abaixo de USD 70/lb, fechando o mês com uma média de USD 69,75/lb, uma redução de 0,7% em relação ao mês anterior. A desvalorização é atribuída à valorização do dólar, ao enfraquecimento da economia chinesa, maior consumidora da fibra, e aos preços baixos do petróleo. No acumulado do ano, o algodão registrou perdas de 7,5%, após oscilações entre altos e baixos, com o preço alcançando valores superiores a USD 90/lb entre fevereiro e abril, antes de ser impactado pela maior oferta global e a demanda mais fraca, especialmente da China.

Por outro lado, o mercado interno brasileiro registrou uma recuperação no último mês de 2024. Em Rondonópolis, o preço da pluma subiu 6,3%, atingindo R$ 4/lb. A alta do dólar e a elevação da paridade de exportação contribuíram para o aumento das cotações internas, além de tornar o produto nacional mais competitivo em relação ao importado. Contudo, no total de 2024, os preços internos do algodão caíram 9% em comparação com a média de 2023.

No Mato Grosso, a comercialização da safra 2024/25 alcançou 45,6% até dezembro, um avanço de 3 pontos percentuais no mês. No entanto, o ritmo de vendas ainda está ligeiramente abaixo do mesmo período de 2023 e da média dos últimos cinco anos.

Previsões de produção e importação para 2024/25

A última atualização do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe ajustes nas estimativas para a produtividade de algodão na Índia e as importações pela China. A Índia deve aumentar sua produção para 5,4 milhões de toneladas, devido a um aumento na produtividade, enquanto as importações de algodão pela China foram revisadas para baixo, de 2 milhões de toneladas para 1,9 milhão de toneladas, refletindo uma maior produção interna e estoques mais elevados.

O Brasil, por sua vez, continua a ser o maior exportador de algodão, com as exportações projetadas para 2024/25 em 2,8 milhões de toneladas, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. As projeções do USDA indicam uma exportação de 2,72 milhões de toneladas, o que mantém o país como líder no comércio mundial de algodão.

Apesar da melhoria nas perspectivas da indústria global de vestuário e fibras, a demanda por algodão ainda enfrenta desafios, com o PIB mundial sugerindo um crescimento econômico contido e uma demanda estável para a fibra.

Fonte: portaldoagronegocio

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