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Agronegócio

Desafios e Perspectivas para o Mercado de Arroz em 2024

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O mercado de arroz no Brasil atravessou um ano de 2024 repleto de flutuações e incertezas. De acordo com os dados divulgados pelo Cepea, o primeiro trimestre foi marcado por quedas expressivas nos preços, impulsionadas pela expectativa de aumento na oferta do grão. No entanto, o cenário sofreu uma reviravolta no final de abril, quando uma catástrofe climática no Rio Grande do Sul gerou dúvidas sobre os danos às áreas que ainda precisavam ser colhidas e sobre as perdas de produto armazenado. Esse evento, juntamente com a especulação sobre leilões públicos para a importação de arroz beneficiado, elevou rapidamente as cotações.

Após essa aceleração nos preços, os valores mantiveram-se elevados até meados de novembro, mas passaram a enfraquecer no encerramento do ano, conforme indicam as pesquisas do Cepea.

Produção e Disponibilidade de Arroz em 2023/24

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,61 milhão de hectares com arroz, o que representou um aumento de 8,6% em relação à temporada anterior. No entanto, a produtividade foi de 6,59 toneladas por hectare, o que significou uma redução de 2,8% em comparação com 2023. Com isso, a produção totalizou 10,59 milhões de toneladas, um crescimento de 5,52% sobre o ano anterior, segundo dados da Conab.

Considerando os estoques iniciais de 2,02 milhões de toneladas em fevereiro de 2024 e as importações de 1,7 milhão de toneladas, a disponibilidade interna totalizou 14,3 milhões de toneladas. Desse montante, estima-se que 11 milhões de toneladas sejam destinadas ao consumo interno, enquanto 1,3 milhão de toneladas deverão ser exportadas. Como resultado, o estoque final em fevereiro de 2025 é projetado em 2 milhões de toneladas, gerando uma relação estoque/consumo de 18,2%, o menor índice desde a safra 2018/19.

Com esse panorama, o mercado de arroz enfrentou um ano de volatilidade, desafiando os produtores e consumidores, enquanto as incertezas sobre o clima e as importações continuaram a ser fatores determinantes para o setor.

Fonte: portaldoagronegocio

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