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Wenderson Araujo
O complexo soja iniciou a semana com variações positivas na Bolsa de Chicago, impulsionado principalmente pelos derivados, com destaque para o óleo de soja. Na manhã desta segunda-feira (23), os contratos futuros do óleo apresentavam alta superior a 1,3%, o que ajudou a sustentar os pequenos ganhos do grão, que variavam entre 2,25 e 2,50 pontos por volta das 8h30 (horário de Brasília). Com isso, o contrato de janeiro registrava US$ 9,76 por bushel, enquanto o de maio estava cotado a US$ 9,90. Já o contrato de julho voltou a atingir US$ 10,00 por bushel.
Além do óleo, os preços do farelo de soja também operavam em alta, com avanços de quase 0,5%, o que contribuiu para dar mais sustentação às cotações da soja na CBOT (Chicago Board of Trade). Parte desses ganhos no farelo refletia as preocupações com o agravamento do fenômeno La Niña e seus primeiros impactos sobre a produção na Argentina.
La Niña e seus Impactos na Produção de Soja
De acordo com Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities, o La Niña está ganhando força e pode afetar a produção de soja e milho nos próximos dias. “Os próximos 15 dias deverão ser de clima quente e seco na Argentina e no sul do Rio Grande do Sul. O milho na Argentina começará a sofrer, com a Bolsa de Cereales já reduzindo a classificação das lavouras em boas condições de 52% para 37%, e isso deve continuar piorando”, afirmou Vanin.
Embora ainda seja cedo para uma previsão definitiva, o analista alerta que a soja pode começar a sofrer os efeitos das condições climáticas adversas, embora o NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) indique que o La Niña deve perder força, embora esse fenômeno tenha mostrado sinais de persistência desde novembro.
Fonte: portaldoagronegocio