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Agronegócio

Estudo mostra que a estrutura do microbioma do solo pode ser uma das causas da ausência de doenças da soja

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Estudo mostra que a estrutura do microbioma do solo pode ser uma das causas da ausência de doenças da soja

Segundo Estácio Odisi, biólogo, co-fundador da Biome4aal e um dos do estudo, a ocorrência destas doenças depende de três fatores: presença do patógeno, ambiente favorável e hospedeiro suscetível. “Mesmo com a ocorrência desses fatores, danos da doença não são percebidos em algumas áreas, o que pode estar associado a um solo supressivo”, explica. 

O estudo foi baseado em análises de metagenômica do solo de áreas de soja coletadas no Brasil, na safra 2021/22. O levantamento contou com 248 amostras, das quais 65% não apresentavam evidências de doenças segundo os produtores. No entanto, quando realizadas as análises, foram identificados os patógenos M. phaseolina e F. solani em 59% e 35% das amostras respectivamente. “Nas amostras de áreas sem doença, houve maior quantidade de conexões microbianas, maior densidade e maior homogeneidade. Além disso, foram encontrados diferentes antagonistas dos referidos patógenos presentes nas amostras. Essas características das áreas sem doença, mostram uma mais equilibrada, com maior interação entre os micro-organismos, mais estruturadas e resilientes”, conta Camila Castellar, também responsável pelo estudo.

Os micro-organismos que estiveram associados com a supressão em relação ao M. phaseolina foram Trichoderma, Bacillus, Penicillium, , Metarhizium e Talaromyces. Os antagonistas de F. solani também foram identificados. Entre eles estão Bacillus, Trichoderma, Bradyrhizobium, Penicillium, e Streptomyces. Um fato interessante foi que outras espécies de Fusarium como F. oxysporum, F. lacertarum e F. polyphialidicum também foram elencados como antagonistas de F. solani. 

Para o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e organizador do Congresso, , entender como microbioma do solo impacta a supressão de doenças em sistemas produtivos é a chave para desenvolver estratégias sustentáveis de controle de doenças, diminuindo a dependência de moléculas químicas. 

As metodologias apresentadas no estudo podem ser utilizadas para direcionar pesquisas com objetivo de prospecção de antagonistas a patógenos e direcionar o manejo do solo com esses agentes biológicos supressivos. 

Fonte: portaldoagronegocio

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