Açúcar em Nova York e Londres
Os contratos futuros do açúcar bruto iniciaram a semana em baixa na ICE Futures de Nova York, influenciados por uma perspectiva otimista para a próxima safra brasileira. Analistas ouvidos pela Reuters destacam que o Brasil, principal produtor e exportador mundial da commodity, deverá apresentar uma moagem mais robusta.
“Observamos um ajuste (para cima) nas projeções sobre a próxima safra brasileira. Contudo, os estoques baixos mantêm o mercado vulnerável a aumentos de preços caso o clima prejudique a produção em países como Índia, Tailândia ou, principalmente, o Brasil nos próximos meses”, informou o relatório McDougall Global View Sugar Report, em nota divulgada pela Agência Internacional de Notícias.
Na ICE de Nova York, o contrato com vencimento em março/25 encerrou a segunda-feira a 20,68 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 4 pontos (0,2%) em relação ao fechamento anterior. Durante o pregão, o contrato chegou a atingir seu menor valor em quase três meses, a 20,43 cts/lb. Já o contrato para maio/25 registrou um recuo de 6 pontos, negociado a 19,20 cts/lb, enquanto os demais contratos caíram entre 8 e 11 pontos.
Na ICE Futures Europe, em Londres, apenas o lote março/25 fechou com alta, cotado a US$ 529,40 por tonelada, uma valorização de US$ 1,40 em relação à sexta-feira. O contrato de maio/25 manteve-se estável, a US$ 530,60 por tonelada, enquanto os demais contratos registraram quedas de 2 a 3,40 dólares por tonelada.
Mercado doméstico: açúcar cristal em queda
No mercado interno, as cotações do açúcar cristal caíram pelo segundo dia consecutivo, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, as usinas comercializaram a saca de 50 quilos a R$ 160,77, contra R$ 161,29 na sexta-feira, uma retração de 0,32%. No acumulado de dezembro, o indicador registra desvalorização de 2,30%.
Etanol hidratado mantém trajetória de alta
Por outro lado, o etanol hidratado apresentou alta pelo terceiro dia consecutivo, segundo o Indicador Diário Paulínia. Na segunda-feira, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.752,50 por metro cúbico, contra R$ 2.741,00 registrado na sexta-feira, uma valorização de 0,42%.
A queda do açúcar e a valorização do etanol refletem a dinâmica atual do mercado, com a melhora das expectativas para a safra brasileira e a estabilidade na demanda por biocombustíveis no mercado interno.
Fonte: portaldoagronegocio