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Agronegócio

Mercado de Algodão: Negócios pontuais e desafios com queda na demanda externa

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Na primeira semana de dezembro, o mercado doméstico de algodão foi marcado por transações pontuais, com a indústria nacional realizando negócios específicos. No entanto, a demanda externa sofreu retração, reflexo do período sazonal. Nos últimos dias, o preço do algodão negociado em Nova York fechou em território negativo, enquanto o mercado físico brasileiro seguiu uma dinâmica independente, com os preços internos registrando uma leve alta em relação à semana anterior, conforme levantamento da Safras Consultoria.

A indústria brasileira demonstrou interesse por entregas com prazos de 15 a 30 dias, com a cotação CIF no polo industrial paulista atingindo R$ 4,04 por libra-peso. Este valor representou uma alta de 1,76% em comparação com a última cotação registrada no dia 28 de novembro, quando o preço era de R$ 3,97 por libra-peso.

Na região de Rondonópolis, em Mato Grosso, os produtores receberam R$ 3,83 por libra-peso, equivalentes a R$ 126,69 por arroba. Esse valor foi 2,56% superior ao registrado na semana anterior, quando o algodão foi cotado a R$ 3,74 por libra-peso (R$ 123,53 por arroba).

Produção de algodão brasileira 2024/25: projeções e expectativas

De acordo com o relatório Gain Report, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de algodão do Brasil para o ano comercial 2024/2025 (de agosto de 2024 a julho de 2025) deverá atingir 3,677 milhões de toneladas, um aumento em relação aos 3,244 milhões de toneladas da temporada anterior. A área destinada ao cultivo deve crescer de 1,660 milhão de hectares para 1,965 milhão de hectares.

As exportações brasileiras de algodão devem totalizar 2,743 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, superando as 2,681 milhões de toneladas exportadas no ano comercial anterior. O consumo doméstico foi estimado em 697 mil toneladas para a próxima safra, um aumento sobre os 675 mil toneladas da temporada 2023/2024. Os estoques finais devem atingir 999 mil toneladas, frente a 761 mil toneladas no ciclo anterior.

De acordo com o adido do USDA, os preços favoráveis do algodão, em comparação com os do milho, e os menores custos de produção contribuíram para o aumento da lucratividade do produto, tornando-o uma escolha atrativa para o plantio da segunda safra.

Fonte: portaldoagronegocio

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