O dólar iniciou o pregão desta quinta-feira (5) em baixa, sendo negociado abaixo de R$ 6, com os investidores aguardando novos indicadores econômicos. No dia anterior, a moeda norte-americana havia fechado em queda de 0,13%, a R$ 6,0477. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, também registrou um pequeno recuo de 0,04%, aos 126.087 pontos.
O mercado financeiro está atento a diversos fatores, com destaque para a atividade econômica no Brasil e os dados de mercado de trabalho dos Estados Unidos. Nesta sexta-feira (6), será divulgado o relatório payroll, com novos números sobre o emprego na maior economia do mundo, que podem influenciar os mercados.
No Brasil, o cenário fiscal também segue sendo monitorado, especialmente após a aprovação da urgência para dois projetos do pacote de corte de gastos do governo federal, que visam ajustar as finanças públicas. A aprovação ocorreu na quarta-feira (4), com um placar apertado, mas o governo ainda pretende avançar com as propostas neste ano.
Câmbio e Ibovespa
Às 10h10, o dólar registrava uma queda de 0,85%, cotado a R$ 5,9964, com a mínima do dia atingindo R$ 5,9899. O resultado anterior, uma redução de 0,13%, acumulou uma alta de 0,79% na semana e de 24,63% no ano.
O Ibovespa, por sua vez, iniciou o dia com um pequeno recuo. No fechamento da véspera, o índice teve uma queda de 0,04%, acumulando avanço de 0,33% na semana, mas com um recuo de 6,04% no ano.
Cenário fiscal e expectativas políticas
O mercado segue de olho nos desdobramentos do pacote fiscal do governo. A aprovação da urgência para os projetos relacionados a cortes de gastos gerou tensão, especialmente pela proximidade dos votos, com a exigência de 260 votos para a primeira proposta e 267 para a segunda. Os projetos tratam de temas como a obrigatoriedade da biometria para concessão de benefícios e a limitação do reajuste do salário mínimo, além de estabelecer restrições a novos benefícios tributários em caso de déficit nas contas públicas.
Apesar da aprovação da urgência, o governo enfrenta resistência dentro do Congresso, em especial por conta das novas regras para emendas parlamentares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Câmara, Arthur Lira, comentou que a decisão do STF afetou o clima no Congresso, mas garantiu que os projetos devem ser aprovados nas próximas semanas.
Repercussão internacional
Externamente, declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, continuam a influenciar os mercados. Durante evento na quarta-feira (4), Powell afirmou que o desempenho recente da economia dos Estados Unidos permite uma abordagem mais criteriosa na política monetária, especialmente em relação aos cortes de juros. Ele também destacou que a inflação norte-americana está ligeiramente acima do esperado e que não teme a eleição de Donald Trump para a presidência, considerando que isso não prejudicaria sua posição à frente do Fed.
Fonte: portaldoagronegocio