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Agronegócio

USDA reduz previsão de safra de café do Brasil para 2024/25

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O adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a estimativa de produção de café do Brasil para a safra 2024/25, agora projetada em 66,4 milhões de sacas de 60 quilos. A redução de 5,8% em relação à previsão anterior, de 69,9 milhões de sacas, reflete os efeitos de padrões climáticos adversos, como secas e altas temperaturas, especialmente sobre as lavouras de café arábica.

Apesar da revisão, a produção estimada para 2024/25 ainda supera ligeiramente a colheita de 66,3 milhões de sacas registrada na safra 2023/24.

Produção por Tipo de Café

A safra de café arábica em 2024/25 deve alcançar 45,4 milhões de sacas, um aumento de 1,1% em comparação ao ciclo anterior, estimado em 44,9 milhões de sacas. Por outro lado, a produção de robusta/conilon está projetada em 21 milhões de sacas, uma queda de 2% frente às 21,4 milhões de sacas de 2023/24. Essa redução é atribuída às condições climáticas desfavoráveis durante o desenvolvimento das plantas.

O impacto climático foi intensificado pelo fenômeno El Niño, com falta de chuvas e temperaturas acima da média registradas no segundo semestre de 2023. Em maio, as temperaturas atingiram os níveis mais altos em uma década, acompanhadas de precipitações abaixo do esperado. Essa combinação acelerou o amadurecimento dos grãos em algumas regiões, resultando em frutos menores, embora lavouras bem cuidadas tenham demonstrado resiliência.

Exportações e Cenário Global

Em meio a preços em alta, as exportações brasileiras de café continuam a crescer. Em setembro de 2024, o país exportou 4,5 milhões de sacas, um salto de 33% em relação às 3,3 milhões exportadas no mesmo período de 2023. Os Estados Unidos lideram as importações, seguidos por Alemanha, Bélgica, Itália e Japão.

Para o ciclo 2024/25 (julho a junho), o USDA projeta exportações totais de 44,25 milhões de sacas, uma redução de 5,3% em relação às 46,7 milhões de sacas previstas para 2023/24. O ajuste reflete a expectativa de recuperação das exportações de grandes concorrentes, como Vietnã e Indonésia, cujas safras estão se normalizando.

Consumo Doméstico

A previsão de consumo interno permanece estável em 22,67 milhões de sacas para 2024/25, divididas entre 21,7 milhões de sacas de café torrado/moído e 970 mil sacas de café solúvel. Embora o café seja a segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água, os altos preços no varejo têm limitado o crescimento exponencial do consumo.

O setor cafeeiro brasileiro segue enfrentando desafios climáticos e oscilações do mercado global, mas continua desempenhando um papel fundamental no fornecimento mundial de café e na economia doméstica.

Fonte: portaldoagronegocio

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