O IDR-Paraná e a Embrapa Soja realizarão, entre 21 de novembro e 5 de dezembro, o Giro técnico na Soja 2024, evento que tem como objetivo divulgar resultados de boas práticas na produção de soja no Paraná. Em sua 12ª edição, o evento percorrerá doze cidades do estado, abordando temas essenciais para os produtores de soja, como manejo sustentável e tecnologias de produção.
Os temas centrais a serem discutidos incluem o manejo integrado de pragas, o sistema Alerta Ferrugem, a fixação biológica de nutrientes, o manejo de doenças e de plantas daninhas, a aplicação de insumos e a conservação do solo. segundo Edivan José Possamai, coordenador estadual do Programa Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, esses tópicos são fundamentais para uma produção de soja mais sustentável, pois impactam diretamente na produtividade, na rentabilidade dos produtores e na preservação ambiental. “O uso racional de insumos como fertilizantes, fungicidas, inseticidas e herbicidas, aliado ao manejo integrado, garante a rentabilidade sem comprometer a produtividade”, afirma Possamai.
André Prando, pesquisador da Embrapa Soja, ressalta os benefícios da coinoculação com Bradyrhizobium e Azospirillum, uma técnica que pode aumentar a produtividade em até 8%, com baixo custo de investimento. Segundo Prando, o Giro Técnico facilita o diálogo entre agricultores, técnicos e pesquisadores, promovendo a adoção dessas tecnologias. “A coinoculação, realizada em parceria com o IDR-Paraná, comprova o valor das boas práticas, desde a aquisição e armazenamento até a aplicação dos inoculantes para resultados mais consistentes”, destaca o pesquisador.
A aliança entre pesquisa e extensão tem consolidado o Paraná como referência nacional em tecnologias sustentáveis e alta produtividade no cultivo de soja. Estimativas apontam que a adoção dessas práticas resulta em um acréscimo de até 17 sacas por hectare, seja pela redução de custos, seja pelo aumento da produtividade. No entanto, Possamai enfatiza a necessidade de ampliar a adesão dos produtores a essas práticas para enfrentar problemas persistentes, como a erosão do solo e a deriva de agrotóxicos.
O Giro Técnico na Soja 2024 conta com o apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR, da itaipu Binacional, além de universidades e colégios agrícolas, entre outros parceiros.
Fonte: portaldoagronegocio