A soja, uma das culturas mais importantes do agronegócio brasileiro, enfrenta ameaças constantes de pragas que podem prejudicar gravemente sua produtividade, desde a germinação até a colheita. De acordo com especialistas do setor, os insetos, como percevejos e mosca-branca, são responsáveis por perdas que podem ultrapassar 50% da produção, o que torna o manejo eficaz de pragas fundamental para a rentabilidade da atividade.
Entre as pragas mais problemáticas está o percevejo-marrom (Euschistus heros), que pode causar danos de até 10% na produção caso não seja controlado no início da fase reprodutiva da soja. Outro grande desafio é o complexo de Spodoptera, composto por diversas espécies de lagartas com grande potencial destrutivo. Essas lagartas se espalham rapidamente, são difíceis de identificar devido à semelhança em suas cores e padrões, e sua coexistência nas lavouras torna o manejo mais complexo e oneroso. Quando não controladas, as lagartas podem comprometer até 70% da produção.
Além dessas ameaças, a lagarta helicoverpa armigera também representa um risco significativo. Com um ciclo de vida de 30 a 60 dias, essa praga tem alta capacidade reprodutiva, com uma única mariposa podendo colocar até mil ovos. Ela se alimenta de folhas, flores e vagens, causando danos irreversíveis, como deformações nos frutos, facilitando a entrada de doenças e a queda prematura das plantas.
A mosca-branca (Bemisia tabaci) também exige atenção no manejo de soja. Esta praga, além de sugar a seiva das plantas, injeta toxinas e favorece a disseminação de viroses e o crescimento de fungos, como a fumagina, que recobre as folhas e prejudica a fotossíntese, causando o enfraquecimento das plantas.
Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, ressalta a importância do manejo integrado de Pragas (MIP) como uma das principais estratégias para enfrentar esses desafios. “A tecnologia do MIP-Soja, implantada no Brasil na década de 1970, tem evoluído constantemente e se baseia no monitoramento das pragas, na identificação das infestações e dos inimigos naturais, e na utilização racional de defensivos, garantindo um controle eficiente e sustentável”, explica.
Produtos como os inseticidas Vivantha e Goemon, da Ourofino Agrociência, são essenciais no controle de percevejos, lagartas e mosca-branca, permitindo que o produtor mantenha o equilíbrio ecológico da lavoura sem comprometer o meio ambiente. A combinação de soluções biológicas e químicas é crucial para a sustentabilidade da soja, garantindo uma produção mais rentável e menos impactante para o ambiente.
O MIP-Soja não só auxilia na aplicação adequada de defensivos, como também otimiza o manejo da lavoura, promovendo uma abordagem mais eficiente e econômica. A identificação correta das pragas, o monitoramento contínuo e o uso consciente de inseticidas são práticas que reduzem os custos para o produtor e o impacto ambiental. Segundo Carvalho, “o sucesso do modelo brasileiro tem atraído o interesse de outros países da América Latina, que veem no MIP-Soja um exemplo a ser seguido”.
Com a expansão da soja para novas regiões do Brasil, a adaptação da fauna e as mudanças nos sistemas de cultivo, o manejo estratégico e o uso de soluções inovadoras, como as fornecidas pela Ourofino Agrociência, são fundamentais para garantir a produtividade e a sustentabilidade da cultura.
Fonte: portaldoagronegocio