Os preços do café iniciaram esta terça-feira (19) com quedas moderadas nas bolsas internacionais, revertendo os ganhos expressivos da semana anterior. O mercado cafeeiro segue atento à baixa produtividade esperada para a safra brasileira de 2025, enquanto fatores externos, como regulamentações e tarifas, aumentam a pressão sobre os preços.
De acordo com análise do Rabobank, as incertezas em torno do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR) e as possíveis tarifas impostas pelos Estados Unidos têm influenciado diretamente o desempenho do setor.
Às 8h40 (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica registravam desvalorização: o vencimento para dezembro de 2024 caiu 75 pontos, sendo cotado a 280,00 cents por libra-peso. Já os contratos para março de 2025 recuaram 80 pontos, cotados a 281,80 cents/lbp; para maio de 2025, a queda foi de 85 pontos, fechando em 279,30 cents/lbp; enquanto o contrato de julho de 2025 apresentou baixa de 100 pontos, com cotação de 275,70 cents/lbp.
A Reuters destacou que a safra brasileira de arábica foi impactada pela seca registrada no início do ano, o que comprometeu o potencial de produção, levando analistas a preverem números menores para esta temporada.
No caso do robusta, os preços também apresentaram desvalorização. O contrato para novembro de 2024 caiu US$ 38, sendo negociado a US$ 4.732 por tonelada. Para janeiro de 2025, houve recuo de US$ 39, cotado a US$ 4.696/tonelada; os contratos para março de 2025 tiveram queda de US$ 33, com valor de US$ 4.642/tonelada; e os vencimentos para maio de 2025 recuaram US$ 27, fechando em US$ 4.597/tonelada.
O mercado cafeeiro segue monitorando de perto os impactos do clima e as possíveis implicações das regulamentações internacionais sobre o setor.
Fonte: portaldoagronegocio