Nesta terça-feira (19), o dólar iniciou o pregão em alta, refletindo a cautela dos investidores diante das reuniões do G20 no Rio de Janeiro e a expectativa pelo anúncio do pacote de cortes de gastos do governo federal.
Reuniões do G20 sob o comando do Brasil
O G20, que reúne as maiores economias do mundo, a União Europeia e, pela primeira vez, a União Africana, está sendo liderado pelo Brasil. O encontro tem como foco prioritário o combate à fome, a mudança climática e a reforma de instituições globais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Esses temas refletem os objetivos centrais da agenda internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Movimentação do dólar e do Ibovespa
Às 9h01, o dólar registrava alta de 0,32%, cotado a R$ 5,7654. Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado em queda de 0,74%, cotada a R$ 5,7469. Com isso, a divisa acumula, até agora:Queda de 0,74% na semana; Recuo de 0,60% no mês; Valorização de 18,43% no ano.
As negociações do Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, começam às 10h. Na segunda-feira (18), o índice encerrou estável, com leve recuo de 0,02%, aos 127.768 pontos. Até agora, acumula: Queda de 0,02% na semana; Perda de 1,50% no mês; Recuo de 4,78% no ano.
Cenário econômico e expectativas do mercado
Com uma semana reduzida pelo feriado de Consciência Negra na quarta-feira (20) e sem divulgações de indicadores relevantes, os mercados seguem atentos ao G20 e ao aguardado anúncio das medidas de cortes de gastos. O pacote, que deve gerar economia de cerca de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026, visa melhorar as contas públicas e já está concluído, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Apesar das expectativas, o anúncio foi postergado devido às discussões sobre quais ministérios serão afetados. Em entrevista recente, Haddad afirmou que a última pendência está relacionada ao Ministério da Defesa e que o presidente da Câmara, Arthur Lira, demonstrou apoio para aprovar as medidas ainda este ano.
Fatores internacionais influenciando os mercados
No cenário externo, o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia e a possibilidade de uso de armas nucleares pela Rússia elevam a aversão ao risco global e pressionam os preços do petróleo. Além disso, investidores acompanham os impactos da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, especialmente nas políticas monetárias e na inflação.
Na zona do euro, declarações recentes de membros do Banco Central Europeu (BCE) indicam uma abordagem mais cautelosa para decisões futuras de política monetária, com o foco na estabilização pós-pandemia.
O contexto global e local mantém os mercados em alerta, enquanto aguardam definições que podem moldar os rumos da economia no curto prazo.
Fonte: portaldoagronegocio