Sophia @princesinhamt
Política

‘Governo suspeita de atentado a bomba no STF: teoria da conspiração ou negligência?’

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Há uma porção de fatos objetivos quando se olha de forma racional para o que aconteceu nas explosões ocorridas na dias atrás. Que tal, então, começar por eles? Um chaveiro do interior de Santa Catarina foi a Brasília com a intenção de detonar um ou mais artefatos explosivos dentro do STF. Foi barrado na portaria e aí voltou para a praça, em cima de si mesmo as bombas que levava amarradas no corpo.

Mensagens deixadas por comprovam que estava com problemas mentais. Ao levantar cada passo dos seus últimos movimentos em Brasília, a polícia verificou que ele não teve contato com ninguém em posição de autoridade, ou ligado à militância política, ou com qualquer grau de influência. Estava hospedado numa pensão de Ceilândia, usou o próprio para se deslocar em Brasília e não tinha treinamento em explosivos — ou se tinha não aprendeu nada, tanto que só conseguiu matar a si próprio.

Praça dos Três Poderes
Depois de atirar explosivos contra o prédio do STF, Francisco Luiz se matou na Praça dos Três Poderes | Foto: Montagem/Revista Oeste
Suicida de Brasília comprou R$ 1,5 mil em loja de fogos de artifício no Distrito Federal
Câmeras de segurança identificaram o , no Distrito Federal | Foto: Reprodução/TV
O corpo do autor do ataque a bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), que ocorreu na noite de quarta- feira, 13, foi retirado na manhã desta quinta-feira, 14, do local, por volta das 9 horas. Polícia Militar trabalha no local
Policiais retiram corpo do suicida de Brasília | Foto: Wilton Junior/Estadão
stf
A morte de Francisco Luiz aconteceu na noite de quarta-feira 13, em Brasília | Foto: Reprodução/Agência Brasil
Carro explodiu em estacionamento nas proximidades da Praça dos Três Poderes, em Brasília — 13/11/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Carro explodiu em estacionamento nas proximidades da Praça dos Três Poderes, em Brasília — 13/11/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Explosões na Praça dos Três Poderes - ataque a bomba
Área aos arredores do STF foi isolada pela polícia, depois de uma pessoa morrer em decorrência de explosão — Brasília, 13/11/2024 | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
viaturas - stf - bomba
Viaturas na Praça dos Três Poderes, em Brasília — 13/11/2024 | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
carro em chamas - praça dos três poderes - governo lula
Carro em Chamas no estacionamento nas proximidades da Praça dos Três Poderes — Brasília, 13/11/2024 | Foto: Reprodução/Redes sociais
momento de explosão - praça dos três poderes em brasília
Momento de explosão de carro, em Brasília | Foto: Reprodução/Redes sociais
homem bomba; Explosões em Brasília resultaram em uma morte | Foto: Reprodução/Twitter/X
Explosões em Brasília resultaram em uma morte | Foto: Reprodução/Twitter/X

Não se conhece de terroristas que tenham tentado matar ministros pedindo um crachá de entrada na portaria do edifício onde eles dão expediente. Em nenhum momento, nas ações finais de Luiz, alguém esteve concretamente sob o risco de ser morto pelos seus explosivos — a não ser ele mesmo. Não tinha nenhuma importância como militante político. O máximo a que chegou foi , pelo PL, na eleição de 2020. Teve 98 votos.

O exame desses fatos, porém, foi o que menos interessou à Polícia Federal, ao STF e ao restante da máquina estatal de investigações criminais até agora. Em vez de serem a base da apuração a ser feita, foram expostos nos primeiros momentos e imediatamente substituídos por teorias, suposições e conclusões definitivas por parte das autoridades do governo. Ou seja: o que interessa não é saber o que aconteceu, mas sim chegar à conclusão que querem. Trabalham com “todos os cenários”, como dizem, menos um — o de que Luiz tenha sido apenas o Luiz de carne e osso descrito acima.

Todo o interesse das autoridades, desde o primeiro minuto, foi dizer que o terrorista-suicida não agiu sozinho, . Com quem ele agiu, então? Se fez parte de uma conspiração, como diz o governo, é impossível que não tenha aparecido nenhum nome, nenhuma ligação e nenhuma pista. O STF, por sua vez, já decidiu que o chaveiro-bomba é “um prosseguimento dos atos golpistas de 8 de janeiro”; colocou o seu caso no mesmo inquérito, que lida com fatos ocorridos dois anos atrás. Mais que tudo, por causa de Luiz, . Fica tudo resolvido, então. Só que nada se resolveu.

Fonte: revistaoeste

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